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Padres envolvidos em escândalos sexuais comprometem a imagem da Igreja Católica

Dois casos tenebrosos envolvendo a Igreja Católica, assustam a comunidade religiosa, diante da falta de enérgicas providências objetivando inibir novas ocorrências e, principalmente, proteger as vítimas. 

No primeiro caso, o padre esloveno Marko Ivan Rupnik, responsável pelas obras das fachadas com mosaicos gigantes no Santuário Nacional de Aparecida (SP), foi expulso da comunidade dos jesuítas após denúncias de religiosas por abuso sexual e psicológicos. expulsão de Rupnik da Companhia de Jesus, ordem religiosa à qual ele integrava, foi oficializada nesta segunda-feira (24). A decisão aconteceu após investigação dos jesuítas sobre os casos ocorridos em um período de mais de 30 anos.

No segundo caso, o padre Airton Freire, criador da Fundação Terra, é acusado de estar envolvido em crimes sexuais. A imprensa teve acesso ao depoimento de três pessoas que afirmam que o padre dava risadas enquanto se masturbava e dizia para funcionários estuprarem as vítimas. O religioso, de 67 anos, foi preso preventivamente no dia 14 de julho, em Arcoverde, sertão pernambucano, e está em uma cela isolada.

A ONU exige que o Vaticano entregue os padres pedófilos à Justiça, acusando a Igreja de proteger sua imagem e não das crianças vítimas Pede compensação econômica pelos casos comprovadamente ocorridos. A Igreja considera o gesto uma “interferência”!

O Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança acusou o Vaticano de nunca ter reconhecido “a magnitude dos crimes” de abusos sexuais contra menores cometidos por sacerdotes e de “não ter tomado as medidas necessárias para proteger os menores”. Duas falhas graves que, combinadas, têm provocado uma continuação sistemática dos abusos e a impunidade dos agressores.

O Vaticano reagiu às críticas da ONU sobre a falta de proteção das crianças contra os abusos do clero acusando o organismo de “interferir no ensino da Igreja Católica sobre a dignidade da pessoa humana e exercício da liberdade religiosa”. O comunicado emitido afirma que as duras observações da ONU sobre a impunidade dos religiosos acusados de pedofilia “serão submetidas a detalhados estudos e exames respeitando a Convenção [sobre os Direitos das Crianças]”.

Não se tem, até o presente momento, uma palavra oficial do Para Francisco sobre o assunto.

E assim vai se levando.