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Pior que cerol: nova linha chilena para pipa vira terror dos motociclistas

 

Nas últimas semanas, notícias sobre estragos causados por linhas de pipas com cortantes se espalharam pelas redes sociais. O que chama atenção é que a situação está cada vez mais grave, com latarias de carros sendo cortadas e motociclistas sofrendo ferimentos profundos e até mesmo sendo degolados.

Trata-se da linha chilena, semelhante ao cerol, mas ainda mais perigosa, pois é uma mistura de cola com pó de quartzo e óxido de alumínio, o que a torna muito mais cortante e letal.

 

No dia 20 de julho, outro motociclista morreu após sofrer um corte no pescoço provocado por linha de cerol em Sumaré (SP). O frentista Cremildo Aparecido Ferraz estava com a esposa na moto quando sofreu o corte.

Edgar Francisco da Silva, conhecido como “Gringo” e presidente da AMABR (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil), explica que os casos ficaram ainda mais comuns com as férias escolares e a popularidade da linha chilena.

“A linha de pipa limpa, sem cortantes, já provoca ferimentos graves quando atinge um motociclista em velocidade. O cerol piora a situação, mas a linha chilena parece uma navalha. Esses cortantes são proibidos, mas as crianças continuam comprando. É preciso de um trabalho de conscientização dos pais e de toda a sociedade contra eles”, alerta.

Um motorista publicou um vídeo que mostra claramente o potencial de corte da linha chilena: nas imagens, ela abre uma fenda no para-choques do veículo e atinge até a lataria.

Fábio Henriques, instrutor de defesa pessoal e policial federal, explica que motociclistas e ciclistas são particularmente vulneráveis, pois a linha é difícil de ser vista, especialmente em alta velocidade.