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Folha e O Globo: menos público no impresso e no digital

Os jornais Folha de S.Paulo e O Globo encolheram no primeiro semestre deste ano. As duas publicações diminuíram as bases de assinantes no decorrer dos últimos meses. A queda se deu tanto no impresso quanto no digital.

No comparativo de junho de 2023 com dezembro de 2022, o tombo de O Globo nas assinaturas digitais foi de 7,6%, indo de 310.607 para 287.024. Em termos porcentuais, a queda de assinantes da Folha no digital foi menor no período, 0,6%: de 296.885 para 295.176.

Os dados partem do site Poder360, a partir dos números do Instituto Verificador de Circulação (IVC). Mesmo com o recuo, a Folha superou o concorrente carioca e assumiu a liderança na lista das publicações com assinantes digitais que contam com acompanhamento do IVC.

Folha e O Globo não foram os únicos veículos de comunicação a perderem assinantes até no digital. Dos 12 títulos acompanhados pelo IVC, nove recuaram suas bases no on-line. Apenas o paulista O Estado de S. Paulo, o gaúcho Zero Hora e o baiano A Tarde cresceram. Dessa forma, o meio encolheu pela primeira vez desde 2017.

Na soma dos 12 títulos monitorados, a quantidade de assinantes digitais foi de 1.105.627, em dezembro do ano passado, para 1.062.617, no fim do primeiro semestre de 2023. Ou seja, 43.010 a menos no intervalo de seis meses.

Os três maiores jornais do país com versão em papel também encolheram no quesito assinantes do impresso. Nessa parte, O Globo (-7%) e Folha (-7,3%) aparecem atrás de O Estado de S. Paulo, que perdeu 2,9% do total de assinantes de sua versão impressa de dezembro de 2022 a junho de 2023.

Na soma das 14 publicações acompanhadas pelo IVC, a quantidade de assinantes do impresso caiu no último semestre. No geral, a base foi de 387.708 para 356.841.

A Folha de São Paulo, certamente deve a queda no número de leitores, à qualidade das matérias que publica, voltadas inequivocamente para assuntos relacionados ao sexo, exposto de forma cada vez mais ousada por artistas e famosos em geral, além das matérias típicas, assinadas por colunistas caseiros. Pesa também, o noticiário flagrantemente esquerdista radical, procurando, por todos os meios, ajuastar uma “culpa” da direita, pelas crises atuais pelas quais o país atravessa.