medicina sjcO MEC (Ministério da Educação) divulgou as cinco instituições de ensino classificadas para instalar uma faculdade de medicina particular em São José dos Campos. Segundo o relatório, foram habilitadas a Anhanguera, São Judas Tadeu, Anhembi Morumbi, Univap e Suprema.

A Estácio de Sá, que também enviou proposta para instalar o curso em São José, cumpriu os requisitos estabelecidos pelo MEC, mas na classificação geral ficou na sexta posição. Segundo o edital, cada cidade pode ter até cinco propostas classificadas. São José foi uma das 39 cidades do país escolhidas pelo MEC para a instalação da faculdade.

A classificação levou em conta indicadores de qualidade como o IGC (Índice Geral de Cursos) e o CPD (Conceito Preliminar de Curso), além de processos de supervisão e se a instituição já ofertou cursos de medicina. De acordo com o MEC, 216 propostas foram inscritas em todo o país. Dessas, 203 foram classificadas e 13 não foram admitidas por descumprirem os requisitos.

A próxima etapa consiste na análise da qualidade e pertinência das propostas por uma comissão de especialistas designada pelo MEC. A divulgação do resultado preliminar está programada para 22 de maio, com prazo para interposição de recursos até o dia 5 de junho. O resultado final está previsto para ser anunciado em 24 de junho.

“Estamos muito felizes e ansiosos para ver esse sonho se tornando realidade. Finalmente São José dos Campos terá a honra e a alegria de, além de ser um polo de tecnologia e inovação, também poder formar médicos”, disse o prefeito Carlinhos Almeida.

Para o secretário de saúde, Paulo Roitberg, o grande avanço será a cidade ter estudantes de medicina com a vivência no SUS (Sistema Único de Saúde) desde o primeiro ano do curso. “Poder contar com esses estudantes de medicina nas unidades de saúde resultará, certamente, em mais qualidade no atendimento da população”, diz.

O termo de compromisso com o Ministério da Saúde para a criação da faculdade de medicina em São José dos Campos foi assinado no dia 20 de outubro. O documento estabelece que a cidade disponibilize sua rede municipal de saúde e a estrutura necessária para que a faculdade seja parceira e utilize equipamentos da rede na formação dos futuros médicos.

Além do foco na formação do profissional com vivência no SUS desde o primeiro ano do curso, outros critérios terão peso na escolha da instituição. Um deles é a possibilidade de a universidade investir em reformas e adequações na rede básica para a integração plena entre o ensino e o cotidiano de um médico.

A instituição escolhida também deverá oferecer bolsas em residência médica, focando a medicina familiar e outras especialidades. A instalação de uma faculdade em São José faz parte de uma série de ações do governo federal para ampliar as vagas de medicina no país.

A criação de novos cursos particulares de medicina faz parte do programa Mais Médicos, lançado pelo governo federal. O objetivo é proporcionar um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos para atendimento à população.

No total, o programa prevê a criação de mais 11.447 vagas de graduação em medicina e mais de 12 mil vagas em residência médica. A proposta é universalizar até 2018 a oferta de residência médica no país.

Além da faculdade particular, a Prefeitura de São José também pleiteia um curso federal da Escola Paulista de Medicina, ligada à Unifesp. Em março deste ano, uma comissão da instituição aprovou as instalações da sede da Urbam (Urbanizadora Municipal), prédio oferecido pela prefeitura para implantação do curso.

Após receber o aval da Escola Paulista, agora a proposta será avaliada pelo Conselho Universitário da Unifesp.