Governar sem a Câmara Municipal!!!
O prefeito de Caçapava, às voltas com a mídia impressa regional, reclama que não conta com apoio dos vereadores e encontra dificuldades para aprovar projetos na cidade.
Este mimimi, no entanto, decorre de crise causada pela intromissão política e pela inabilidade de sua mulher que, revoltada com a não aprovação do projeto do prefeito, que instituia o projeto ILUMINA (que criava uma Taxa de Iluminação para subsidiar a trocar a iluminação de Caçapava por LED), atacou os vereadores pelas redes sociais, gerando desnecessário clima de tensão, que vem prejudicando o município.
Para completar, o prefeito ainda encaminhou à Câmara, para votação, o Projeto de Lei alterando a Lei Municipal nº 3673, de 07 de dezembro de 1998, que alterou a Planta Genérica de Valores de Terrenos, com vistas à apuração da base de cálculo dos Impostos sobre a Propriedade Territorial e Urbana e sobre a Propriedade Predial, sem que houvesse tempo hábil para que fosse apreciado pelos vereadores, razão pela qual acabou sendo arquivado, nesta última segunda feira.
Tratou então o prefeito Fernando Diniz, de remeter novo projeto à Câmara, de igual teor, para ser votado em reunião extraordinária, nesta última terça feira, também sem que houvesse tempo para a devida apreciação pelos senhores vereadores, razão pela qual também acabou arquivado.
Para falar sobre o assunto, o prefeito compareceu a uma rádio da cidade onde, de forma titubeante, tentou explicar o inexplicável, colocando a culpa de seus problemas de caixa, novamente, na “administração anterior que deixou dívidas que comprometeram a capacidade do município”, esquecendo-se de que foi ele mesmo, que mandou publicar na imprensa local, em Janeiro deste ano, do Demonstrativo Simplificado do Relatório Resumido da Execução Orçamentária, onde estava claríssimo a ocorrência de Superavit Orçamentário de R$ 4.822.141,03 (Quatro milhões, oitocentos e vinte e dois mil, centro e quarenta e hum Reais e tres centavos).
Além disto, durante a citada entrevista, o prefeito viu várias de suas opiniões serem confrontadas pelos entrevistadores, em relação ao posicionamento dos vereadores, sem quaisquer esclarecimentos viáveis.
Espera-se que prevaleça o bom senso e que eventuais diferenças sejam apaziguadas e superadas para que o exercício do poder municipal não traga maiores prejuízos à população e à cidade, como tem ocorrido, mas que também não falte seriedade à atual administraçao municipal, para evitar situações de crise, como as que estamos enfrentando.
Por outro lado, tentar transferir a responsabilidade de administração financeira da cidade para o munícipe, elencando-o como parte responsável e passível de colaboração através do aumento e/ou criação de taxas municipais, sugere como correta a contratação de secretários alienígenas (que não conhecem a verdadeira cultura local), que só estão comprometidos com o município, em razão dos salários e benefícios que recebem, e com a obrigação de trabalhar de segunda às sextas feiras, oportunidade em que vão para suas cidades de origem e se esquecem de nossa comunidade.
Á estes sim, principalmente ao Secretário de Indústria e Comércio, completo desconhecido na cidade, cabe a responsabilidade de atração de novos investimentos para a cidade, indústrias, fábricas, comércios que, incentivados, abrirão caminho para o giro financeiro e para o incremento de novas vagas de emprego. O que até agora não foi feito.