WOW Nutrition pede recuperação judicial !!!
A WOW Nutrition, dona das marcas Sufresh e Feel Good, sucos produzidos em Caçapava, SP, entrou com pedido de recuperação judicial. O pedido acontece depois de a Secretaria da Fazenda do Governo do Estado de São Paulo proibir a empresa de comercializar seus produtos.
A empresa diz que a medida é uma maneira de evitar falência enquanto ela perde capacidade de pagar suas dívidas.
Segundo a WOW, os grandes investimentos feitos em 2014 para atender a demanda aumentou o nível de endividamento da companhia. O mercado teria ficado ainda pior durante os anos de 2015 e 2016, quando o setor sofreu com a forte queda de vendas. “A principal categoria para a empresa, composta pelos néctares vendas, a elevação de custos causada por aumento de dólar e quebra de safras de frutas afetaram negativamente a geração de caixa da companhia”. O cenário também teria sido agravado pelo aumento expressivo da taxa de juros, combinado ao ambiente restritivo de crédito.
A empresa ainda ressaltou que o pedido de recuperação judicial foi a única maneira de prosseguir com as operações, mantendo os mercados abastecidos e preservando empregos diretos e indiretos em sua cadeia produtiva em São Paulo e em todo o Brasil.
Deflagrada no dia 5 de junho deste ano, a investigação apurava irregularidades da WOW Nutrition desde 2014. A empresa é acusada de não repassar cerca de 90 milhões de reais em débitos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ao Estado. Com a infração, de acordo com a Fazenda, a WOW Nutrition conseguia atuar com um capital de giro maior e ganhar mercado dos concorrentes.
A Secretaria da Fazenda do Governo do Estado de São Paulo, que comandou a operação, bloqueou a emissão de notas fiscais, impedindo o funcionamento da empresa.
Na época, a WOW Nutrition reconheceu que tem dívidas com a Receita Estadual paulista. “Possuímos créditos superiores a 100 milhões de reais, valor maior que a dívida alegada pelo órgão. Em junho de 2016, a WOW solicitou um reprocessamento de débitos e créditos estaduais e, até o momento, não houve a conclusão dessa solicitação por parte da Secretaria da Fazenda”.
Teme-se agora, pelos empregados, cujo quadro já sofreu uma baixa de 31 vagas, em razão da paralização da produção na empresa.