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Viagra para mulheres !!!

viagra femininoA indústria farmacêutica se empenha há anos para encontrar um viagra feminino, com pesquisas sobre droga que invariavelmente se mostram infrutíferas para garantir o prazer das mulheres. Embora se afirme haver progressos na busca de um medicamento que dê prazer às mulheres, a comparação com o efeito dos viagras nos homens é conceitualmente falha. Compara alhos com bugalhos, ao sustentar que o viagra dá prazer ao homem.

Não dá prazer, dá sucesso na ereção e então na penetração. Como as mulheres não têm problemas para penetrar, a solução é diversa. Mesmo assim anunciam-se avanços. O laboratório britânico Emotional Brain vem fazendo testes com as drogas Lybrido e Lybridos. Espera ter ainda neste ano aprovação da vigilância sanitária dos EUA (FDA) para fazer testes com um número maior de mulheres e estima em dois anos o prazo para chegar ao mercado.

Mas apesar do otimismo do dono da companhia, Adriaan Tuiten, experiências anteriores suspensas depois de milhões de dólares gastos e resultados insatisfatórios.

Há o caso do Bremelanotide, que teve bons resultados em testes em 2006 e 2007. Ratas que usaram o medicamento demonstraram clara disposição para o sexo. E quando os testes chegaram às mulheres as reações foram animadoras. Mas o medicamento provocava náusea e aumento da pressão e o projeto acabou abortado. O Bremelanotide, assim como outras drogas experimentadas no passado, estão sendo testados novamente, em outras formulações.

Diferente de seus predecessores, os medicamentos da Emotional Brain se baseiam na combinação de dois agentes. No Lybrido, a pílula é coberta por uma camada de testosterona, que derrete na boca – o gosto é de hortelã -, e o remédio engolido tem um componente semelhante ao do Viagra. A ideia é que os dois deixem a mente mais aberta aos impulsos eróticos, ao mesmo tempo em que melhorem o fluxo sanguíneo na região genital.

Já no Lybridos, em vez do componente semelhante ao do Viagra, a pílula engolida tem buspirona, um ansiolítico. A busca do remédio para as mulheres mira, no caso do Brasil, 5,8% delas de 18 a 25 anos que não têm desejo, índice que sobe para 19,9% depois dos 60 anos.

Uma outra opção é o uso de medicação que age sobre neurotransmissores, como o antidepressivo bupropiona, que não foi idealizado para isso, mas melhora a disposição para o sexo, colocando a dopamina mais à disposição para agir nos centros do prazer. Seu uso, porém, é arriscado, porque substância não pode ser usada no caso de a paciente ter predisposição para convulsão, ter sido ou ser anoréxica, bulímica, ansiosa, insone ou usar drogas ou bebidas em excesso.

Outra opção, estudada e até em uso há décadas, é a aplicação de testosterona, hormônio masculino que, em menor concentração, também está presente nas mulheres. Ela pode oferecer vantagens para melhorar a libido feminina.

Mas o fato é que as medicações vasculares, como o Viagra e outros, já foram tentadas em mulheres, mas não aumentam o desejo sexual. Porque mesmo nos homens, para que funcionen, é fundamental que o homem tenha a libido preservada. O que é bem mais complexo nas mulheres. Só melhorar o fluxo sanguíneo para a área genital não resolve.

A libido feminina é multifatorial. Ela não depende só de ter um parceiro que possa causar o desejo. Ela precisa ter uma relação afetiva de boa qualidade, depende de odores, de ambiente, do nível hormonal em que ela se encontra no ciclo menstrual e por aí vai.

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