VASP 168: Há 30 anos ocorria o acidente da Serra da Aratanha !!!
Horário: 2h45min
Local: Serra de Aratanha – Pacatuba
Empresa: Viação Aérea de São Paulo (Vasp)
Número do voo: VA 168
Trajeto: São Paulo – Rio de Janeiro – Fortaleza
Prefixo: PP-SRK
Comprimento: 32.91 m
Envergadura: 46,69 m
Peso: 86,6 toneladas (vazio)
Capacidade: 148 a 189 pessoas
Pessoas a bordo no dia do acidente: 137 (nove tripulantes e 128 passageiros)
Porém, repentinamente, um estrondo foi ouvido em uma pequena localidade nos arredores da capital chamada Pacatuba, acordando a maioria dos moradores que, sem saber, ouviram o maior e mais grave acidente da aviação comercial brasileira (na época).
Enquanto aguardava a entrega de algumas de suas próprias unidades (e também dos seus novos Airbus A300), a Vasp arrendou um 727-212A que havia sido antes da Singapore Airlines, que aqui operou com o prefixo PP-SRK.
A aeronave em questão tinha o Serial Number 21347 e era o avião de número 1282 na linha de montagem da Boeing, tendo voado pela primeira vez em 23 de julho de 1977.
Encomendado como 9V-SXA pela Singapore, foi entregue para a empresa como 9V-SGA em 30 de agosto de 1977 e, com menos de três anos de uso, foi vendido em 06 de junho de 1980 para a International Lease Finance Corporation (ILFC), sendo arrendado para a Vasp nesta mesma data, operando por apenas dois anos na empresa brasileira antes do acidente.
Ironicamente, o PP-SRK estava prestes a ser devolvido, pois no mês de outubro voltaria para a ILFC. Não se tem conhecimento de outros incidentes relevantes com o PP-SRK antes da tragédia no Ceará e sua diferença visível para os 727-2A1 (nomenclatura correta dos modelos comprados diretamente na fábrica pela Vasp) estava na parte inferior da fuselagem, que era pintada em um tom de cinza claro, ao invés do metal polido dos demais.
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CAM (Cockpit Area Mike): Microfone da cabine
CAM-1 (Cockpit Area Mike 1): Microfone do comandante
CAM-2 (Cockpit Area Mike 2): Microfone do co-piloto
- 2:24:56 CAM-2: Você consegue ver que tem uns montes aí na frente?
- 2:24:59 CAM-1: Quê?……….Tem o quê???
- 2:25:00 CAM-2: …Um morrote aí não?
- 2:25:01 CAM [SOM DA BUZINA DE ALERTA DE ALTITUDE]
- 2:25:02 CAM [SOM DO IMPACTO E GRITO DE UM DOS TRIPULANTES]
TRANSCRIÇÃO DA CVR – FINAL
CMT: Comandante (Fernando Antônio Vieira de Paiva)
COP: Co-piloto (Carlos Roberto Duarte Barbosa)
ENG: Engenheiro de Bordo (José Erimar de Freitas)
TOR: Torre de Controle de Fortaleza (Identidade não disponível)
NID: Frase dita por tripulante não identificado
ININT: Conversa (ou parte) ininteligível
02h16m13s | Assobios…ININT | 02h37m33s | TOR: Ciente até zero cinco zero, ao atingir mantenha e chamar mais próximo, uno meia oito |
02h18m54s | CMT: 130 milhas, nós vamos descer…ININT | 02h37m38s | COP: Ciente |
02h20m21s | NID: Tá frio, dá uma esquentadinha aí para nós…ININT | 02h37m48s | CMT: Pode fazer o cheque (referindo-se ao check-list de aproximação) |
02h21m23s | CMT: NT | 02h37m52s | ENG: Faz o check-list e ambos, comandante e co-piloto respondem aos itens, confirmando Vref 132 e Flaps 40 |
02h21m24s | ENG: Positivo… Flaps 30; Flaps 40 só poderá ser usado abaixo de 142.500 libras. Peso atual 150.000 libras | 02h39m15s | ENG: Descent and Approach check-list is complete |
02h22m49s | ENG: Vref Flap 30 é 136 e Vref Flap 40 é 132… CMT: De Flap 40? |
02h39m45s | Som do alerta de altitude |
02h24m08s | CMT: 132 de Flaps 40 ENG: Ok |
02h41m05s | Assobios |
02h24m29s | NID: Fortaleza, Vasp 168 | 02h41m16s | Sintonia dos ADF’s |
02h24m32s | TOR: Prossiga 168 | 02h41m16s | Assobios |
02h24m57s | COP: Está ciente Fortaleza? | 02h42m26s | NID: 1013 mesmo? NID: É |
02h25m00s | TOR: Confirme? | 02h42m45s | COP: Dá para ver que tem um monte aí na frente? CMT: Hein? |
02h25m05s | COP: É o Vasp 168 para a descida, nível 330 | 02h42m52s | CMT: Que?… Tem o quê? |
02h25m11s | TOR: OM ciente… Está a aproximadamente 90 milhas? | 02h42m55s | COP: Um morrote aí não? |
02h25m17s | COP: A 140 milhas | 02h44m03s | Som do estabilizador elétrico |
02h25m22s | TOR: Ok, mantenha a escuta… | 02h44m15s | Motor sendo reduzido e sinal sonoro silenciado (2.300 pés) |
02h25m29s | COP: Fortaleza, Vasp 168 | 02h44m29s | Som do alerta de altitude e palavras ININT |
02h25m31s | TOR: Ok 168, Estamos sem contato com o centro Recife COP: Ok |
02h44m53s | ENG: Tem morro… |
02h25m56s | TOR: Ok 168, está autorizado para o nível 050, chamar cruzando nível 100 (um , zero, zero)… Operamos visual com a pista 13 (uno, três), o ajuste 1013, temperatura 26º | 02h44m59s | Som do primeiro impacto |
02h26m12s | COP: Positivo para o 50, reportarei o 100 | 02h44m59s | NID: Grito |
02h37m25s | COP: Vasp 168 cruzando noventa, cinquenta e cinco milhas | 02h45m00s | Som do impacto final e grito de um dos tripulantes |
Tenho uma dúvida, em 24 de maio de 1982: O Boeing 737-2A1 (PP-SMY) partiu-se ao meio durante pouso no Aeroporto Internacional de Brasília, no (Distrito Federal), matando 2 dos seus 118 ocupantes.
Esse acidente aconteceu por um pouso duro, o Comandante e Co-Piloto sairam ilesos, eles foram demitidos da Vasp após esse acidente, pois era comum nos anos 80 qualquer erro de Pilotos, o mesmo ter que encerrar a carreira.
Paulão.
Conheci bem a Terezinha quando ela trabalhava no banco e igualmente asseguro suas excelentes qualidades como pessoa e como profissional. Paz a Ela.
Brasilino, quando vi esta postagem a primeira coisa que me veio a mente foi a morte do casal de Caçapavenses. Muito bem lembrado por você.
Tenho que neste acidente morreu também Terezinha Alvarenga, aqui de Caçapava, e seu marido, Ela era filha do José Gregório Alvarenga e irmão do Paulinho Alvarenga, do Taxi, posto que o marido havia sido transferido por um Banco para aquela capital. Terezinha deixou saudades, pois pessoa maravilhosa.