Transporte ferroviário de cargas e pessoas é aprovado na ALESP
Foi aprovado nesta terça-feira (29), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o Projeto de Lei 148/22, de autoria do Executivo, que prevê a retomada do modal ferroviário para transporte de cargas e pessoas em São Paulo através de shortlines – linhas de trajeto curto. A exploração das ferrovias se dará de três formas: através de autorização especial, concessão ou PPP (Parcerias Público-Privadas).
Hoje, o transporte ferroviário de cargas no Estado de SP é todo executado pelas concessionárias federais Rumo, MRS e VLI. Dos cerca de 5.000 quilômetros de trilhos paulistas, a maior parcela em atividade concentra-se na Grande São Paulo e é operada para transporte de pessoas pela CPTM e Metrô. A outra metade da malha ferroviária no Estado está abandonada ou subutilizada. O Governo paulista pretende reativá-la.
A aprovação do PL 148/22 também beneficia o transporte ferroviário de passageiros. O Governo de SP assinou em abril convênio com municípios que farão parte do TIC (Trem Intercidades) São Paulo-Campinas, o primeiro do interior.
Desde o início do ano, a SLT (Secretaria de Logistica e Transportes) vinha apresentando, na figura do coordenador do GT Ferrovias SP, Luiz Alberto Fioravante, o PL 148/22 e o PEF/SP, em reuniões técnicas com prefeitos, autoridades locais e empresários de vários setores em diversas cidades paulistas, como Santos, Campinas, Sorocaba, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Presidente Prudente.
“Este é um dos maiores projetos do governo paulista. São Paulo deve ampliar sua capacidade logística contando com a malha ferroviária para transporte de cargas e de pessoas”, afirma Fioravante.
Uma excelente medida, muito bem recebida por parte dos moradores do entorno da linha ferroviária Rio-SP, hoje administrada pela MRS, eis que sinaliza transporte inter-cidades mais barato à população, além da possibilidade concreta de redução do tráfego pesado na Via Dutra e consequente barateamento dos fretes.
Claro que, com o aumento do tráfego de composições, acabará por gerar maiores problemas ao trânsito da cidade, complicando ainda mais os deslocamentos inter-bairros da população, situação que já merecia um estudo mais aprofundado, visando travessias por túnel, ao invés das perigosas cancelas que hoje não oferecem nenhuma segurança, quando da passagem das composições.