São Luiz do Paraitinga sem carnaval!!!
Uma das festas mais tradicionais da região, o carnaval de São Luiz do Paraitinga corre o risco de não acontecer em 2017. A prefeitura municipal alega não ter recursos o bastante para realizar a folia, que tem um custo estimado de R$ 800 mil.
O secretário de Cultura do município, Netto Campos, afirmou que a prefeitura está em negociação com empresas privadas fora do município para tentar viabilizar a festa. “Estamos tendo retorno, há empresas interessadas. Mas se a gente não conseguir o dinheiro, o carnaval pode não acontecer”, disse.
De acordo com o secretário, o município possui uma dívida “de alguns milhões”. Um balanço com os números oficiais deve ser divulgado nos próximos dias. A prefeitura espera uma definição sobre o acordo com investidores até o dia 24, para que haja ao menos um mês para organizar a folia.
Mais barato do que a festa de carnaval, o Festival de Marchinhas também está em perigo. Nos últimos dias, empresários da cidade têm negociado com a administração municipal um apoio para realização da festa.
Por telefone, o presidente da Associação Comercial e Industrial de São Luiz do Paraitinga, Ênio dos Santos, informou que haverá uma reunião com a prefeitura na próxima segunda-feira (16) para fechar a questão.
“O Poder Executivo está apurando a situação financeira da cidade, e parece que o saldo é negativo. Se não tiver patrocínio externo, não vai ter carnaval. A Associação Comercial está de acordo, pois há outros fatores, como saúde e segurança, que são mais importantes”, disse Ênio. “Vamos nos reunir na próxima semana para decidir sobre o Festival”, completou.
Patrocínio externo foi motivo de polêmica em 2013
Em 2013, um acordo com uma cervejaria esteve no centro de uma polêmica nas redes sociais. A marca bancaria uma parte dos custos com o carnaval, em troca de um espaço exclusivo, que contaria com atrações como Bonde do Tigrão e DJ francês Bob Sinclair.
Após a repercussão negativa nas redes sociais, a prefeitura afirmou que o acordo se limitaria ao patrocínio da festa, e que ritmos de fora da cidade continuariam proibidos. A proibição aconteceu, mas outra parceria com a empresa nunca mais foi aventada.
“Aquele processo, infelizmente, foi mal conduzido na época. Nós perdemos a chance de ter um parceiro de longa data”, afirmou o atual secretário de Cultura, Netto Campos.