GERAL

Professores de seis Estados em greve !!!

Professores e servidores da educação básica estão em greve em pelo menos seis Estados (Rio de Janeiro, Amapá, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio Grande do Norte). Há locais em que a paralisação, segundo os grevistas, atinge 90% da rede.

Em Fortaleza (CE), a greve dos professores foi declarada ilegal pela Justiça no começo desta semana. No entanto, segundo o sindicato que representa a categoria, ainda não houve uma notificação oficial e, por isso, os docentes continuam parados.

No geral, os professores pedem reajustes salariais e a implementação do piso nacional. Veja como está a situação em cada local:

Rio de Janeiro
Na terça-feira (7), os servidores estaduais da educação entraram em greve por reajuste emergencial de 26% e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos, entre outras reivindicações. O Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) fala em 75% de escolas paralisadas, enquanto a Secretaria de Estado de Educação diz que apenas 2% dos professores estão fora das aulas. No total, são cerca de 1,2 milhão de alunos nas 1.652 escolas fluminenses, com 80 mil funcionários.O Sepe fez uma passeata nesta sexta-feira (17). Na segunda-feira (20), haverá uma assembleia para discutir o destino do movimento. Segundo um diretor do Sepe, a tendência é manter a greve.

Amapá
A greve dos trabalhadores da educação do Amapá já dura 30 dias. Segundo o Sinsepeap (Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá), a categoria votou nesta sexta pela continuação da paralisação. O movimento diz que 60% das escolas estão sem aula. A principal reivindicação é a mudança de uma lei que trata de questões salariais. O UOL Educação aguarda a manifestação do governo do Estado. Na capital Macapá, a greve acabou.

Minas Gerais
Desde a quarta-feira (8), metade dos trabalhadores das escolas estaduais mineiras estão parados, segundo o Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais). A Secretaria de Educação diz que apenas 3% das escolas estão totalmente paralisadas.

Os trabalhadores exigem o pagamento do piso salarial nacional e se recusam a aceitar o subsídio oferecido pelo governo desde o início do ano como parte desse valor. No total, a rede mineira tem cerca de 2,4 milhões de alunos em 4,5 mil escolas e 250 mil professores.

A greve continua por tempo indeterminado. A próxima assembleia para discutir a paralisação está marcada para o dia 28 de junho.

Santa Catarina
Cerca de 70% dos trabalhadores da educação estão parados no Estado. De acordo com o Sinte-SC (Sindicato dos Trabalhores em Educação de Santa Catarina), 90% das escolas estão paralisadas desde 18 de maio. Segundo nota publicada no site da Secretaria de Educação do Estado, a greve afeta cerca de 300 mil alunos.

O principal pedido é a implementação do piso salarial nacional de R$ 1.177. O governo do Estado encerrou as negociações com os professores em reunião no dia 10 de junho e pediu o fim da greve. O Sinte-SC diz que continuará com as reivindicações por tempo indeterminado. No total, a rede conta com cerca de 40 mil professores e 250 mil alunos. Algumas redes municipais, como a de Tubarão, também estão paralisadas.

Mato Grosso
Os professores da rede estadual de Mato Grosso estão em greve desde o dia 6 de junho por melhores salários. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, cerca de 90 % das escolas estaduais aderiram ao movimento.

Eles reivindicam piso salarial único de R$ 1.312 para todos os trabalhadores em educação -o piso nacional do professor, instituído por lei, é de R$ 1.187 por 40 horas trabalhadas.

Para segunda-feira, os professores e funcionários marcaram um ato em frente à Seduc (Secretaria Estadual de Educação do Mato Grosso) e pretendem acampar em uma praça de Cuiabá. Já para quinta-feira (23), está marcada uma vigília em frente o Palácio Paiaguás, para cobrar atitudes do governador Silval Barbosa (PMDB). A Seduc não soube dizer quantas escolas estão sem aulas.

Rio Grande do Norte
Os professores potiguares estão em greve desde o fim de abril. Segundo Fátima Cardoso, coordenadora do Sinte-RN (Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Rio Grande do Norte), 90% dos profissionais estão parados.

Eles exigem que o governo de Rosalba Ciarlini (DEM) garanta um reajuste de 21,76% nos salários a partir de janeiro de 2012. A Secretaria Estadual de Educação diz que 54,3% das escolas estão funcionando, mas não sabe dizer qual o percentual de professores. Na terça-feira (14), o governo apresentou nova proposta aos grevistas.

Fortaleza
No dia 15, a Justiça decidiu que a greve dos professores da cidade era ilegal e determinou o retorno imediato ao trabalho. A categoria estava em greve desde 26 de abril. O município alegou que o movimento não emitiu aviso prévio da paralisação e que mais de 220 mil alunos estão sem aulas. O desembargador Teodoro Silva Santos, responsável pela decisão, argumentou que, para muitos estudantes, estar longe da escola significa não poder se alimentar apropriadamente.

Consultado, o sindicato que representa a categoria disse que ainda não foi notificado da decisão e que, por isso, a paralisação continua.

Atualização em 18 Jun 2011 12:30 hs.:
Incluimos a sugestão abaixo de nosso leitor Alison de Oliveira Moraes: