Prefeitura retoma obra tida como concluída pela administração passada !!!
A atual administração de Caçapava vai concluir uma obra tida oficialmente como terminada em dezembro de 2012 pela gestão passada. Trata-se da ampliação da CAP (Casa de Acolhimento Provisório), abrigo para crianças e adolescentes vítimas de violênicia doméstica, localizada à rua Professor Lucas Nogueira Garcez, 51, no Bairro do Sapé II.
A ordem de serviço para o início da ampliação foi dada em 10 de setembro de 2012, pelo então diretor do departamento de obras públicas, Floriano Dega Ávila, à Giamacon Construções e Comércio Ltda., contratada por R$ 146,336 mil para fazer os serviços num prazo de 120 dias. No dia 26 do mesmo mesmo mês, Ávila determinou à empreiteira a paralisação da obra. A ordem de reinício foi comunicada no dia 17 de dezembro. Dois dias depois (19 de dezembro), no final do mandato do ex-prefeito, o secretário de obras e serviços municipais, à época Clovis Roberto da Cunha, encaminhou oficio ao arquivo informando que “Tendo em vista o recebimento definitivo da obra, arquive-se, por favor”.
Do total do valor orçado, a ex-administração pagou R$ 78,231 mil à Giamacon. O restante (cerca de R$ 68 mil) ficou no chamado restos a pagar. Ou seja: caberia ao atual prefeito quitar a dívida, mesmo com a execução de apenas 53% da ampliação.
Além de funcionar em local inadequado, equipamentos sumiram da CAP
Levantamento feito pela secretaria de cidadania e assistência social revelou que a CAP (Casa de Acolhimento Provisório), criada para atender crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica, foi sucateado nos últimos sete anos. Além da transferência para um prédio improvisado e em pésssimas condições, os móveis estavam se deteriorando e foram constatados sumiços de máquinários, entre eles duas máquinas industriais de secar roupas.
Até 2004, a CAP funcionava em imóvel que passou por reformas e que tinha três dormitórios, sala de lazer e espaços adequados aos assistidos, além de móveis e equipamentos então recém-adquiridos. O abrigo, até aquele ano, possuia alvarás da vigilância sanitária e Corpo de Bombeiros.
Na gestão entre 2005 a 2012, houve a transferência para o prédio atual. Um exemplo da pecrariedade foi a transformação em quarto no espaço que deveria ser a sala de tv e lazer.
Segundo a secretária de cidadania, Maria Teresa, vão ser tomadas as medidas necessárias para a retomada da qualidade no atendimento da CAP. Também será objeto de sindicância sobre o desaparecimento dos maquinários.
“Exite também a necessidade de investimento em formação e capacitação dos funcionários no atendimento aos abrigados. Esta é uma de nossas prioridades, além da urgência que se faz em garantir um novo prédio que possibilite um abrigo de qualidade às nossas crianças e adolescentes”, disse a secretária.