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ONG reprova bancada do Vale na Assembleia !!!

 Vista geral do plenário da Assembleia Legislativa; levantamento da ONG Voto Consciente colocou em xeque atuação da bancada do Vale

Deputados estaduais que representam a região foram classificados entre os 30 piores em ranking do Voto Consciente

Ranking elaborado pela ONG Voto Consciente coloca os três deputados estaduais do Vale do Paraíba –padre Afonso Lobato (PV), Carlinhos Almeida (PT) e Mozart Russomanno (PP)– entre os 30 piores da Assembleia Legislativa. A ONG acompanha o trabalho dos parlamentares há 23 anos.

O ranking de produtividade analisou seis critérios de atuação dentro do parlamento: presença nas comissões e em plenário, leis aprovadas, comunicação como o eleitor, fiscalização do executivo e fidelidade partidária. A avaliação foi feita entre março de 2007 e março de 2010.

A pesquisa apontou que apenas o deputado Mozart Russomanno atingiu média superior a 5 pontos, em uma avaliação que vai de 0 a 10 –com 5,3 pontos, ele ficou na 57a posição do ranking.

De acordo com a ONG, o parlamentar se destacou pela fidelidade partidária e pela presença em plenário, mas pecou na fiscalização do governo e na presença em comissões permanentes.

O deputado Carlinhos Almeida (PT) atingiu 4,91 pontos, ficando na 61a posição. Embora tenha se destacado na fiscalização do Executivo e na presença em plenário, teve baixa produtividade na produção de leis e nas comissões.

O deputado padre Afonso Lobato (PV) teve a pior avaliação entre os parlamentares da região ao atingir apenas 4,36, somente a 73a melhor nota. A baixa presença nas comissões e na fiscalização puxaram a pontuação para baixo. Sua melhor nota foi obtida no quesito “comunicação com eleitores”.

Segundo a coordenadora da ONG, Rosangela Giembinsky, a proposta do balanço é mostrar para a população como os parlamentares atuam dentro da Assembleia para poder eleger melhor seu candidato. Dos 94 deputados, 84 disputam a reeleição, 9 concorrem a outros cargos e apenas um não se candidatou.

O ranking incluiu 86 deputados –foram excluídos do relatório os deputados que assumiram a presidência da Casa e aqueles que cumpriram menos de dois anos de mandato.

“O eleitor tem o compromisso de avaliar a ação parlamentar dentro e fora do parlamento. Nossa análise mostra o que eles fazem dentro do parlamento”, afirmou Rosângela.

“Pela nossa avaliação, eles precisam dedicar mais tempo às comissões de estudo para analisar melhor as leis que estão aprovando. A média das reuniões nos últimos três anos não passou das 40.”

Segundo ela, os deputados tem o dever de prestar contas do mandato. “Ele tem que explicar porque tiveram baixa atuação dentro do parlamento”, concluiu a coordenadora.

A ONG também avaliou os gastos dos deputados com verba de gabinete. A diferença de gastos registrada entre os parlamentares é superior a 200% –os gastos entre 2007 e 2010 variaram de R$ 200 mil a R$ 659 mil.

Entre os deputados da região, padre Afonso foi o que mais gastou: R$ 634,2 mil.
Carlinhos Almeida aparece em seguida com R$ 608,1 mil. Mozart Russomanno registrou despesa de R$ 550,5 mil.