O comandante da Marinha que quebrou protocolo
O almirante Almir Garnier Santos, agora ex-comandante da Marinha, não compareceu à cerimônia de transmissão do cargo ao sucessor, Marcos Sampaio Olsen, na tarde da quinta-feira 5. É a primeira vez na história que uma troca de chefia ocorre na Marinha sem a presença do antecessor.
Apesar de ausente, Santos deixou uma mensagem escrita, na qual destaca os valores de Olsen e, usando uma alegoria militar, disse que vai “procurar manter a mais precisa posição”. Em linhas gerais, isso significa que Santos vai manter-se fiel à Força.
No discurso de posse, o novo comandante da Marinha agradeceu ao presidente Lula pelo “privilégio da nomeação”. O militar também citou objetivos e desafios que considerou importantes para cumprir as metas estratégicas da Marinha do Brasil. Olsen emociou-se, ainda, ao lembrar da família.
O ministro da Defesa, José Mucio, compareceu à cerimônia. Como manda a praxe, foi agraciado com a Ordem do Mérito Naval. Em discurso, ele destacou o papel da Marinha no apoio à política externa brasileira e diplomacia naval, o suporte na repressão de crimes e o trabalho científico da Armada.