Novo horário das sessões da Câmara de Jacareí. E em Caçapava???
As sessões na Câmara Municipal de Jacareí vão acontecer em novo horário: às 18h das quartas-feiras. A mudança ocorre após os vereadores aprovarem um projeto de lei que previa a alteração. O PL, contudo, tem 30 dias para entrar em vigor após ser publicado no Boletim do Município.
De autoria do vereador Paulinho dos Condutores (PL), o projeto foi elaborado para que as sessões tivessem maior participação popular. Segundo o parlamentar, atualmente as reuniões acontecem às 9h e dificulta o acesso dos moradores devido ao horário, quando muitos estão trabalhando.
“Esse projeto é uma reivindicação dos próprios moradores. Há uns oito anos as sessões aconteciam às 18h e tinham mais participação da população. O horário atual não contempla a maioria da população, que está trabalhando durante a manhã”, defendeu o autor do projeto.
Um belo exemplo de legislador preocupado em satisfazer o interesse e o anseio popular o que, no entanto, não se verifica na Câmara de Caçapava que, apesar das inúmeras solicitações por parte dos munícipes, ainda não foi capaz de sensibilizar nenhum dos atuais vereadores, a entrar com idêntico projeto.
Particularmente, entendemos que, no caso da Câmara de Caçapava, a mudança do horário para as 18 horas seria até mesmo benéfica, em função da expectativa favorável de aumento da participação popular nos trabalhos, o que certamente, acabaria por influenciar e reduzir as interferências, realizadas atualmente por grupo organizado, mais interessado em atrapalhar, do que propriamente contribuir, durante as sessões.
Os vereadores taiadas, aproveitando o ensejo de mudanças, e também atendendo o interesse popular, deveriam aproveitar para acabar com a ridícula regra existente, que obriga o vereador a comparecer às sessões de terno e gravata, situação que beira o absurdo, visto que subentende-se que o vereador é o representante do popular, aquele mesmo que NUNCA usa terno e gravata.
Fica absolutamente insensato obrigar-se um representante eleito do povo, a vestir-se de forma não habitual, fora de sua realidade pessoal, tão somente para obedecer uma regra criada sem quaisquer objetividades prática e que, por isto mesmo, acaba por provocar exposição desfavorável do vereador.