GERAL

Higienização de carrinhos e cestas de compras em supermercados!!!

A viagem pelo mundo dos carboidratos, das proteínas, das vitaminas às vezes tem um passageiro indesejado. É invisível e não é só um. Os carrinhos de supermercado podem carregar milhões de bactérias, que a gente leva para casa sem saber. Já imaginou quantas pessoas botam a mão em um carrinho desse todo dia?

Uma pesquisa da Universidade do Arizona mostrou que nosso companheiro de compras costuma ter mais bactérias do que o assento do vaso sanitário. Um paraíso para staphylococcus, e-coli, salmonella.

“Diarreia, disenteria, febre, vômitos, dores abdominais… E, em pessoas com o sistema imunológico mais baixo, fragilizado, essas bactérias acabam ocasionando problemas mais graves”, destaca Rosana Siqueira, microbiologista.

A Lei 13.846/2017, em vigor desde 4 de outubro em todo o país, diz que é de responsabilidade do comércio de todo o Brasil a higienizar e manterem limpos os carrinhos e as cestas de compras.

Em São Paulo, há um ano, um supermercado teve de se adaptar. Os carrinhos agora têm parada obrigatória no estacionamento para uma dose de detergente. Quinze minutos depois, começa o banho propriamente dito. Por um lava jato, passam três mil carrinhos por semana.

Além disso, os funcionários aplicam todos os dias um bactericida nas cestas e nas cadeirinhas de bebê, que ganharam protetores descartáveis. “Gerou custo, porém a qualidade aumentou no nosso serviço e isso faz com que os clientes retornem ao nosso supermercado”, destaca Maxwell Freitas, gerente de marketing.

Mas, para funcionar, o consumidor precisa mudar hábitos. “Resto de comida… No supermercado, geralmente, não é para ficar comendo”, relata a microbiologista.

Alexsandro estava todo contente passeando dentro do carrinho da avó.

O repórter pergunta para a aposentada Terezinha Geraldo: “A senhora não vê nenhum problema ele andar aqui com os pés dentro do carrinho?”. Ela responde: “Não, ele gosta, ele sempre anda”. O repórter então firma que os especialistas dizem que isso provoca contaminação, o pé dele sujo acaba sujando o carrinho! “Então desce daí!”, diz Terezinha para o neto.

Ele obedeceu. Mas com o neto solto nos corredores, Terezinha vai ter outra preocupação: “Agora vou poder pegar tudo e pôr no carrinho”, brinca Alexsandro.

Segundo a Proteste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, a fiscalização da lei cabe às vigilâncias sanitárias e Procons de cada cidade. São os dois órgãos que devem verificar, em cada caso, qual punição deva ser aplicada.