Gen Villas Boas: O Comandante responde – 15ª Edição!!!
O comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, 65 anos, tem enfrentado com disposição mais uma batalha: uma doença neuromotora degenerativa que o deixa com dificuldades de locomoção e o obriga, em alguns momentos, a usar uma bengala para caminhar. À frente de uma tropa de mais de 215 mil homens, Villas Bôas expôs de forma corajosa a doença, que limita a presença do comandante em algumas operações e cerimônias. Em um vídeo institucional publicado nesta semana, o militar ressaltou estar pleno no desempenho da função (veja no minuto 10:09).
Villas Bôas mostrou bom humor e ressaltou que o maior prejuízo será para o esporte nacional: “Já que não poderei participar dos próximos Jogos Olímpicos”, brincou. “E, por outro lado, como estou usando a bengala, o Estado-Maior terá que elaborar as normas para utilização da bengala quando em serviço e em cerimônias.” A mensagem foi bem recebida por militares, que viram no comandante otimismo e força de vontade para lutar. Villas Bôas decidiu divulgar o vídeo para falar sobre a doença e o eventual uso da bengala, depois de dúvidas na tropa sobre o seu real estado de saúde.
Ao falar sobre a reforma da Previdência, Villas Bôas ressaltou a importância de se trabalhar para mostrar as peculiaridades da profissão militar. “Um ano que em menos de três meses já mostrou que exigirá muito de nós. Me sinto plenamente em condições de prosseguir e chegar ao fim ou até o momento que o presidente julgar necessário.” O general, que foi comandante militar na Amazônia e chefe do Comando de Operações Terrestres (Coter), está no cargo desde fevereiro de 2015. O presidente Michel Temer e o ministro da Defesa, Raul Jungmann, não se manifestaram sobre a condição de saúde do general.
Aumento
Outra batalha que o general destaca que terá pela frente neste ano é a possibilidade de conseguir um aumento na remuneração dos militares. Em entrevista ao Correio, Villas Bôas, em setembro de 2015, criticou a ausência de reajustes da categoria comparados aos de outras carreiras. “Se colocarmos ou fizermos um ranking dos salários das polícias militares, o Exército estará no meio. Deveria estar no topo. É um parâmetro. O que o governo tem despendido para o pagamento de pessoal das Forças Armadas vem decrescendo em relação a outros setores. Isso, claro, aumenta a frustração interna”, comentou, à época.