CAÇAPAVA e região

Galpão de agronegócios: onde foram para os inservíveis que ali estavam???

Pequenos produtores da região do Vale do Paraíba receberam, no dia 4 de julho de 2002, o primeiro “Galpão do Agronegócio”, que foi instalado em Caçapava, cujo programa teria por objetivos a geração de emprego e renda nos municípios do interior, agregando valor à produção agrícola através da instalação de galpões para projetos de agronegócios.

Instalado em frente à Rodovia Dutra, o primeiro galpão do agronegócio deveria vir a produzir queijo, mel, doces, cachaça, rapadura, ervas medicinais, farinha de mandioca e frango, sendo que cada micro empresa ali instalada iria gerar, em média, 5 empregos diretos e 25 indiretos.

As atividades que seriam ali desenvolvidas pelos produtores, seriam apoiadas pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI, do Instituto de Tecnologia de Alimentos – ITAL, órgãos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, e pelo SEBRAE/SP, que seria o responsável pela capacitação do coordenador e das empresas dos galpões, elaboração do modelo de operação e acompanhamento dos resultados.

O galpão, de aço pré-moldado e com 1.000 m², foi instalado em terreno cedido pela prefeitura de Caçapava, que ficou responsável pelas obras de serviço público, como luz, água e esgoto.

Infelizmente, este belíssimo projeto do governo Alckmin não chegou a ser colocado em prática, por diversos problemas ocorridos na época e o galpão, depois de anos esquecido e vazio, passou a estocar máquinas de escritório, moveis e utensílios inservíveis da Prefeitura de Caçapava, situação que perdurou até meados do mês de Maio de 2019, oportunidade em que simplesmente sumiram, sem quaisquer comunicado oficial da Prefeitura de Caçapava.

Nota-se também, no local, que o portão de entrada principal do Galpão de Caçapava, foi forçado, previsivelmente por alguma máquina de porte, ficando literalmente aberto durante mais de 40 dias. Na data desta segunda feira, o portão foi finalmente fechado. Quanto à destinação dos materiais que ali se encontravam e agora estão em local incerto e não sabido, aguarda-se uma posição da prefeitura, uma vez que, embora inservíveis, eram materiais do patrimônio da cidade e que, para serem descartados, tinham necessariamente que ser através de leilões específicos.