GERAL

Força, paricá !!!

Chama-se Paricá, essa espécie nativa de ávore de floresta, que pode assumir o lugar dos eucalítptos, para reflorestamento e produção de madeira. É a árvore da hora. Produz madeira de qualidade para construção de móveis e construção civil em cinco anos, contra 7 a 15 da maioria restante.

Seu nome científico é Shizolobium amazonicum. Não tem ainda o potencial dos eucalíptos, tratados cientificamente há anos para produzir melhor, mas vai chegar lá.

Por quanto, um hectare dele salva 30 de devastação nas florestas pela procura de madeira. É um ganho ambiental enorme. Ele é parente do guapuruvu, árvore da floresta atlântica, uma árvore da família das leguminosas que capta nitrogênio do ar e o fixa no solo.

Na mata nativa, o florescimento acontece na época da seca e atrai dezenas de insetos. A árvore fica carregada de flores amarelas que deixam no ar um perfume delicado e doce. Suas vagens servem de alimento para as araras, principais responsáveis pela dispersão das sementes dele na mata. Macacos e preguiças se alimentam de suas folhas miúdas e também derrubam as sementes maduras no chão.

Em locais ensolarados o paricá cresce meio metro por mês nos seus primeiros dois anos de vida. As árvores que atingem a fase adulta se projetam para o céu ocupando o grupo das espécies da mata primária.

Hoje em dia os pesquisadores o consideram como uma planta semi-domesticada. Suas sementes germinam facilmente e são cultivadas em viveiros irrigados. Mas já estão pesquisando o paricá partindo dos modelos já desenvolvidos para a cultura do eucalipto.

Ele é melhor que o eucalipto no processamento industrial. Suas árvores não têm galhos até sete metros de altura, eliminando necessidade de podas para tirar nódulos, que infestam os eucaliptos cheios de galhos em toda árvore, facilitando a produção de madeira compensada.

O preço do seu metro cúbico já é melhor que o do eucalipto. E jã há vinte anos os cientistas da Embrapa vem trabalhando nele. É pouco perto do que se conhece sobre o plantio de eucalipto. Mas o paricá vai longe e não vai demorar. Há fazendeiros na região amazônica que estão se dando bem, já a ponto de substituir a pecuária por ele. Força, paricá!