Falta de água: não há nenhuma garantia !!!
O sistema de abastecimento publico de água de Caçapava, utiliza primordialmente a exploração das águas subterrâneas provindas do Aquífero Taubaté, que é um dos principais aquíferos do Estado de São Paulo, localizado na bacia Hidrográfica Paraíba do Sul.
Os 20 poços que compõem este sistema público de abastecimento têm seus dados referentes à vazão, níveis estáticos e dinâmicos, coordenadas geográficas e outros, medidos e coletados, divulgados, eventualmente pela concessionária, demonstrando não haver grandes perdas, ou seja, AINDA não precisamos das águas do Rio Paraíba. Mas até quando?
A escassez de água para os diversos usos gera uma procura crescente e tem causado a exploração cada vez maior da água subterrânea, muitas vezes esgotando os aquíferos num ritmo insustentável. Com isso a operação correta e os programas de manutenção de poços tubulares profundos tornam-se cada vez mais necessários para a exploração equilibrada deste recurso.
Atualmente, a ocupação da bacia em Caçapava é 10% urbana, 5% industrial, 12% agrícola, 70% pecuária e 3% matas, sendo que uma fração ínfima (a que alimenta a região do Pinheirinho e arredores) vêm do sistema de rede de águas tratadas de Taubaté, até mesmo por razões econômicos, visto aquela área, ser mais perto de Taubaté do que de Caçapava.
Na Serra da Mantiqueira, existe um antigo reservatório de água, razoavelmente grande que, em última análise, poderia ser utilizada, em situações emergenciais e tão somente para uma pequena parcela da população das áreas mais próximas, como os Residenciais Iriguassu I e II, o Jardim Panorama, Eldorado e os conjuntos residenciais próximos. Haveria também a necessidade de um sistema de tubulações (os tubos atualmente existentes estão deteriorados) e tratamento que, além de caríssimos, ainda demandariam alguns anos a serem construídos.
Enfim, é realmente uma surpresa a falta de ação das autoridades, no sentido de levar a população à pratica de rotinas mais econômicas com o uso da água, mediante campanhas de esclarecimentos, descontos na conta para quem economizar, enfim criar uma condição de mais respeito com a água, com vistas ao futuro!
Não se pode esperar a complascência dos céus para assuntos relacionados à natureza, visto tratar-se de um tiro no escuro, uma aposta de jogador que pode dar certo ou errado. Tem que se planejar com base em dados científicos, históricos e mesmo assim, corre-se o risco de se errar.
Apenas como lembrete, vejam a situação atual da represa de Paraibuna: