Estado de emergência no município: motivos suficientes?
A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, publicou no Diário Oficial da União, nesta terça-feira (28), a portaria nº 855, de 27 de fevereiro de 2020, em que reconhece a situação de emergência decretada pela prefeitura de Taubaté, devido à chuvas intensas, principalmente a que desabou sobre a cidade na quarta feira, 08 de fevereiro passado, e em duas outras ocasiões no mesmo mês, sendo que na última, ocorrida dia 23 de Fevereiro, alagou até mesmo a Via Dutra e áreas da região central da cidade, inclusive o Mercado Municipal, que ficou sob mais de meio metro de águas.
Curioso é que, conforme consta, das fortes chuvas que desabaram sobre a nossa cidade no início de Fevereiro, apenas no dia 9, quinta feira, o córrego Manoel Ito, que margeia a Av. Brasil transbordou, e mesmo assim, voltou rápidamente à calha tão logo cessaram as chuvas. Certamente ocorreram outros problemas especialmente o desabamento parcial da Capela de São Roque, ocorrido no domingo, 19, e também o solapamento das proximidades da cabeceira de uma ponte no bairro Eldorado, em ambos os casos, pelo excesso de chuvas e não própriamente por alagamentos e vendavais.
Ou seja, do ponto de vista analítico, os problemas que estas chuvas de fevereiro de 2023 causaram ao município de Caçapava, foram de pequena monta, ressumindo-se em alagamentos de algumas ruas (fatos já costumeiros de longa data), estragos em estradas rurais (absolutamente normal) e um ou outro desabamento, situações que em nada pode se comparar com os ocorridos na cidade de Taubaté.
Mesmo assim, a prefeita Pétala Lacerda declarou situação de emergência, em “razão das fortes chuvas que cairam sobre a cidade no sábado, 18 de fevereiro”. Só que as chuvas do dia citado, não foram exatamente destruidoras. Em algums momentos, choveu forte e com ventos mas nada de excepcional, em relação ao universo de chuvas destruidoras que já caíram sobre Caçapava.
Somente estas chuvas, e qualquer outra que tenha desabado sobre a cidade neste mês de fevereiro de 2023, não poderiam ter, em nosso entendimento, motivação suficiente para a decretação de estado de emergência no município mas agora, o assunto, já está encaminhado às autoridades estaduais e federais que, breve, e com base nos relatórios e justificativas apresentados, darão concordância, a exemplo do ocorrido com a vizinha Taubaté, ou não.
Aguardemos, pois!