GERAL

Dilma refém do PMDB !!!

A cúpula do PMDB (íderes e ministros), reuniu-se no gabinete do vice-presidente Michel Temer na noite desta terça (2).
Alinhavou-se uma estratégia para impedir que Dilma Rousseff fique tentada a estender a sua “faxina” ao Ministério da Agricultura.
Um dos participantes do encontro disse: “O PMDB não participa do governo, é governo. E não seria aceitável que o PMDB fosse tratado como um PR.”
Arrematada na sala de Temer, a tática do PMDB foi costurada nas últimas 48 horas. Consiste no seguinte:
1. Nesta quarta (3), o ministro Wagner Rossi (Agricultura), apadrinhado de Temer, prestará esclarecimentos na Comissão de Agricultura da Câmara.
2. Deve-se a presença do ministro a um requerimento de deputado do próprio PMDB, Moacir Micheletto (PR). Apresentou-o a pedido do líder Henrique Eduardo Alves (RN).
3. Com esse gesto, o partido e o ministro de Temer desejam sinalizar que não têm nada a esconder.
4. Segue-se trilha inversa à de Antonio Palocci, que caiu da Casa Civil sem dar as caras no Legislativo. “Nós fazemos questão de esclarecer”, disse o cacique pemedebê.
5. Para não pôr em risco os dedos, o PMDB entregará o “anel” Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR).
6. Afastado da diretoria financeira da Conab após liberar R$ 8 milhões para um armazém fantasma, Jucazinho não será defendido pela legenda do irmão.
7. Ao contrário, Rossi repisará a tese segundo a qual Jucazinho atirou contra a Agricultura –“Ali só tem bandido”— em razão de ter sido demitido.
8. Dotado de um instinto de sobrevivência que o fez líder de três governos –desde FHC— Jucá aceitou que Jucazinho seja tratado como “problema familiar”, não político.
9. Mais cedo, em entrevista, o morubixaba pemedebê dera o tom: “Parentes no governo sempre criam problemas, seja para o governo ou para o parente.” Para o PMDB, necas.
10. Em troca do bom comportamento partidário, Jucá não ouvirá críticas dos correligionários. Nem mesmo do ministro Rossi.
11. Em cerimônia no Planalto, Jucá foi afagado por todos, inclusive por Dilma. Abraçou Temer e Sarney. Confraternizou-se com Rossi. Travou com o alvo de Jucazinho um amistoso diálogo (repare nas imagens lá do alto).
12. Por ora, o PMDB considera “adequadas” as providências adotadas por Dilma. Abriu-se na CGU uma auditoria.
13. “A CGU teve a delicadeza de informar que o procedimento foi requisitado pelo próprio ministro Wagner Rossi”, realçou um dos pemedebê presentes!
14. Ele acrescentou: “Até aí, normal. Fazemos questão de que tudo seja esclarecido. O que não aceitamos é o julgamento sumário de gente honrada.”
15. De novo, depreende-se da frase a aversão do PMDB ao modelo de demissões em série adotado por Dilma na pasta dos Transportes, da cota do PR.
16. De resto, a turma do PMDB decidiu reagir a eventuais “ataques oportunistas” da oposição e de parceiros governistas. Sobretudo do PT.
17. Concluiu-se que as “armas” da legenda são: tamanho e unidade. “Somos quase dois PRs na Câmara; três PRs e meio no Senado”, contabilizou o interlocutor do repórter.
18. Dilma Rousseff parece não ignorar as contas. Aceitou um “pedido de desculpas” de Jucá. E não mandou ao ‘Diário Oficial’ nenhuma demissão na Agricultura.
Este é o nosso país!