CAÇAPAVA e região

Desleixo e abandono escondem a verdadeira situação do Covid-19 em Caçapava!!!

No início da quarentena e do isolamento, a população assistiu, horrorizada, a Prefeitura de Caçapava interditando e isolando com fita apropriada os bancos de madeira e os dois caramanchões da Praça da Bandeira, entendendo o grau de importância dos acontecimentos e confiante na palavra das autoridades, acabaram por iniciarem seus próprios e inéditos sistemas de isolamento, receosos da eventualidade da contaminação. Susto grande, particularmente para os pertencentes à grupos de risco.

Passados alguns dias do início da quarentena no entanto, a população começou a observar que as fitas de proteção que isolavam os bancos e caramanchões foram caindo, se soltando, despregando, se espalhando, ora pela ação das temporidades climáticas adversas, ora e principalmente, por ação do próprio cidadão descrente dos riscos que envolviam as medidas preventivas determinadas pelo governo.

Foi aí que começaram as dúvidas da população, em relação às ações da Prefeitura de Caçapava, visto que não se observavam serviços de manutenção das fitas de proteção na Praça da Bandeira, as quais, soltas ao sabor do vento, ofereceram, por vários dias, imagens de desleixo e abandono, que acabavam impingindo temores maiores à população.

A desinfecção da Praça da Bandeira e dos dois calçadões, coordenadas por militares do 6º BIL, com apoio da Polícia Militar e da Secretaria de Mobilidade de Caçapava (com a Guarda Municipal e Agentes de Trânsito, foram ações de grande repercussão e alto reflexo no ânimo dos munícipes que pleitearam na época e ainda pleiteiam, a desinfecção do Mercado Municipal, da Passagem sob os trilhos da MRS Logística, do Terminal Rodoviário e à todas as demais praças e locais públicos do município, os quais, infelizmente, não sofreram quaisquer ações por parte da prefeitura ainda que, na Praça da Vila São João, está situada a Central de Distribuição de Medicamentos, que atende principalmente a idosos e aos usuários de medicamentos constantes e de alto custo.

Quanto às condições hospitalares relacionadas à Covid-19, informações relatadas do Boletim Diário de Caçapava, sinalizam que, na data de 15 de Junho, existe apenas 1 paciente internado em UTI de Hospital Público e 2 em UTI em hospitais particulares fora do município e 3 em enfermarias locais, além de 13 casos positivos em casa.
 
Mas os números relacionados ao Covid-19, não são disponibilizados oficialmente. Afinal, quantos são os leitos totais disponibilizados para as vítimas do Coronavírus?  Quantos são os respiradores? Segundo informou o presidente da Fusam, na Audiência de Prestação de Contas, são 18. E mais, a população não tem informação quanto aos leitos e respiradores disponíveis nos Hospitais do Policlin e Unimed.
 
Com números tão abaixo do esperado, leitos vazios, respiradores parados, hospitais vazios, e muita verba destinada aos setores de saúde, preocupa-se o munícipe, com o comércio, que continua a morrer, condenando grande parte dos ali ainda empregados, à futuro incerto!.
 
Com tudo isto, note-se que foi determinado no Plano elaborado pelo governo de São Paulo, que os municípios que estão nas fases 2, 3 e 4, podem flexibilizar determinados setores através de decretos dos prefeitos. Porque isto não acontece em Caçapava?
 
É isto que se espera do prefeito Fernando Diniz, transparência nos números e nas contas relacionados ao Covid-19, além de diálogo com o governo estadual para liberação de mais setores. Olhar clínico e de carinho ao nosso comércio? Um braço firme e de coragem seria ótimo neste momento para avanço da flexibilização e salvar nosso comércio.