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Covid-19: três anos depois, parte de Wuhan volta ao confinamento

Pessoas fazem fila para exame de detecção de Covid-19 em Pequim

Autoridades chinesas estão implementando confinamento parcial em Wuhan, onde, em 2019, foi detectado o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus. Há agora mais de 800 mil pessoas submetidas a restrições de circulação na cidade do centro da China. Outros centros urbanos do país estão também enfrentando novos surtos da doença, isolando ruas e habitações.

A China anunciou nesta quinta-feira (27) mais de mil novos casos de covid-19 em todo o país – pelo terceiro dia consecutivo. Quando comparados com os balanços diários de milhares de infecções em Xangai, em passado recente, os números atuais parecem escassos. Mas a política de zero covid, empreendida por Pequim, volta a estabelecer um aperto das restrições.

No caso de Wuhan, foram oficialmente registradas, nesta semana, de 20 a 25 infecções diárias. A cidade notificou um total de 240 casos nos últimos 14 dias. Os números foram suficientes para que as autoridades determinassem o confinamento de mais de 800 mil pessoas, em um único distrito, até o próximo domingo (30).

Outras medidas sanitárias implementadas em Wuhan incluem a suspensão da venda de porcos em zonas específicas. Isso depois de as autoridades terem associado um caso de covid-19 à cadeia local de distribuição de carne.

Risco de infecção

No quarto maior centro econômico da China, a cidade de Guangzhou, capital provincial de Guangdong, as autoridades passaram a isolar hoje mais ruas e bairros, ao fim de quatro semanas de recrudescimento dos casos de covid-19 associados à variante Ômicron. Em Pequim, o parque temático Universal está fechado desde ontem, depois de um visitante ter testado positivo para o novo coronavírus.

Em Xining, capital provincial de Qinghai, o cenário patente nas redes sociais é de escassez de alimentos e escalada de preços de bens essenciais. Na cidade de 2,5 milhões de habitantes, os administradores enfrentam o que parece ser um aumento de casos provocado pelas celebrações do Dia Nacional, no início de outubro.

“Para reduzir o risco de transmissão, algumas lojas de vegetais e frutas foram fechadas e colocadas em quarentena”, informou um administrador de Xining.

Fábrica de iphones

Em Zhengzhou, está confirmado um surto na fábrica que é conhecida por ser a maior unidade de produção de iPhones do mundo. Trabalham ali cerca de 300 mil pessoas. O Foxconn Technology Group, que administra o complexo, diz que a operação e a produção permanecem relativamente estáveis.

“Estão sendo aplicadas medidas de saúde e segurança para os trabalhadores”, afirmou a empresa em comunicado, acrescentando que os profissionais podem contar com “garantias, incluindo aprovisionamentos materiais e conforto psicológico”.

Sem detalhar o alcance do surto, o grupo limitou-se a dizer que se trata de “um número pequeno” de casos e que são “patentemente falsos” os rumores sobre dezenas de milhares de infecções: “Atualmente, o trabalho de prevenção epidêmica em Zhengzhou é estavel e o impacto é controlável”.

Agência Brasil