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Começou o desmanche das escolas cívico-militares do Brasil

Segundo Zucco, é preciso compreender as razões que levaram o MEC a tomar uma decisão tão radical sem ao menos apresentar um estudo prévio ou consultar a comunidade escolar.

“Se tiver algum motivo é importante que o ministro venha a público dizer as razões. Não tivemos acesso a qualquer dado oficial que embase essa guinada no ensino nacional”, criticou. 

Em nível federal, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) foi instituído por meio do Decreto nº 10.004, de 5 de setembro de 2019, com o intuito de fomentar os Estados a adotarem esta modalidade de ensino. Já no Rio Grande do Sul, o parlamentar é o autor da lei estadual 15.401/2019, que autorizou o governo gaúcho a contratar militares da reserva para exercerem a função de monitor cívico-militar e permitir a extensão às escolas municipais, desenvolvendo um programa próprio gaúcho.

No total, hoje 66 instituições de ensino que aderiram a este modelo.

“A lei das escolas cívico-militares busca o resgate do ensino, do respeito aos colegas e professores, de valores morais e sociais e de princípios que, além de contribuir com a formação da nossa juventude, combatem a violência, o uso de drogas e o vandalismo em sala de aula”, destacou Zucco.

Por força de lei, o Ministério da Educação tem 30 dias para providenciar as respostas ao Requerimento de Informação protocolado pelo deputado Zucco. O parlamentar acrescenta que vai propor a realização de audiência pública para discutir o tema.

“Vamos confrontar o governo com estatísticas, dados oficiais e, principalmente, com o depoimento de pais, professores, alunos e monitores. A aceitação do programa é muito grande”, finalizou. 

Zucco ressalta que a Constituição Federal, em seu artigo 206, inciso III, estabelece com um dos princípios da educação o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.