Comandante Niltinho: A esperança !!!
Dizem que a esperança é a última que morre e, de fato, tem gente que tem esperança até demais, e isto é muito bom, nada é capaz de quebrar a confiança destas pessoas.
Esta história que vou contar é de esperança, esperança de um pai que não queria acreditar na morte do filho, por mais que todas as chances falassem o contrario, por mais que mostrassem, não foi o suficiente para ele, que amava tanto aquele filho, passar a acreditar em sua morte. Afinal ele considerava o seu filho como o melhor piloto do mundo!
Esta história serve como exemplo de vida, de conduta, enfim acredito que ela vá servir de reflexão para todos aqueles que perderam as esperanças em alguma coisa! Vocês vão ver como é necessário acreditar em si próprio e em Deus, e ir à luta.
Para mim, que também estava perdendo as esperanças, serviu para trazer-me à realidade e não deixar mais de confiar em Deus. Estava fugindo de mim mesmo, fugindo da minha família, vivendo sozinho, triste, achando que o mundo ao meu redor estava desmoronando, se acabando e que não teria saída, e não acreditava mais que um dia pudesse voltar a ter vida nova, para voltar a sorrir e ser feliz, que seria o mais importante.
Sem dúvidas, o sofrimento daquele pai me mostrou que o meu não era nada, nem chegava aos pés, da experiência daquele indivíduo, que foi tão fiel os seus princípios de fé!
Esta historia ocorreu em Roraima, na grande “fofoca” (aglomeração de garimpeiros) do ouro, vocês que já leram as outras histórias, vão saber o que significou aquilo tudo para muita gente, e para o próprio estado de Roraima, que experimentou uma época de desenvolvimento nunca visto em épocas passadas!
E que agora vai amargar um retrocesso, por causa dos entraves econômicos impostos pelo Supremo Tribunal Federal e pelas famigeradas leis ambientais, que estão contribuindo para travar o desenvolvimento econômico.
Acreditem vocês que o estado de Roraima hoje só dispõe de 50% de seu território para sua sobrevivência e, sendo cada proprietário de terra, obrigado a preservar 80% de sua propriedade, o que sobra?
Todo o resto esta tombado como reservas, e assim estão ficando todos os estados da Amazônia. Acho necessário alguém pensar nisto, pelo menos para o futuro de nossa geração.
Tem que haver um meio termo para existir o equilíbrio. Quem irá nos alimentar? Nosso futuro é viver da cesta básica do Lula? Que maravilha!
A febre do ouro foi tão violenta, que acabou atraindo pilotos de todas as regiões do Brasil, trazendo até mesmo um jovem piloto do Rio grande do Sul, cujo nome não me recordo mais, portanto vamos chamá-lo de Gauchinho!
Atraído pela possibilidade de fazer muito ouro e ficar muito rico (e ficava mesmo!), veio com um avião modelo Carioca, para voar em Boa Vista !
Como já disse anteriormente, o lugar mais difícil do mundo para se voar em garimpos sem dúvida nenhuma foi em Boa Vista , tudo lá era extremamente perigoso, as pistas, a altitude, o vento, as distâncias!
Ali era o local que separava os bons dos ruins, estes então, se esborrachavam já no primeiro pouso, como ocorreu com um velho amigo de Goiânia! Os que tinham sorte sobreviviam, os que não tinham, morriam! Não tinha conversa, era uma peneira: quase todos os dias morriam um ou outro piloto! Quem voou lá e sobreviveu, pode contar as histórias para seus filhos e dizer que “o papai aqui era bom no manche”, era “braço”!
Graças a Deus fiquei bem longe de avião naquela época, fui só garimpeiro, e dos “barrela” (ruim de bateia porque não fazia ouro!), se fosse voar, talvez teria engrossado a lista dos mortos ou desaparecido!
E prá que voar lá, se tinha meu compadre Odilon, que era “O destemido”? Para ele, voar era um desafio, achava bom fazer aquilo que ninguém fazia, e foi assim até encontrar a morte!
Estava voltando do garimpo às margens do rio Urariquera, faltando uma hora de vôo para Boa Vista, quando ouvimos pela fonia, que o Gauchinho não havia retornado de seu vôo, e aquela, era uma notícia que punha toda a galera de sobreaviso, ninguém queria ouvir esta notícia, que trazia para a realidade as besteiras que faziam!
Se o Brasil tivesse um DAC que funcionasse como o que existe na America Norte, nada daquilo estaria acontecendo, e o que é mais engraçado é que todos decolavam do aeroporto controlado, aonde existia um bando de agentes, porém ninguém coibia aquelas irregularidades! Só brincavam de fiscalizar e, atitudes como arrancar os bancos dos passageiros, carregar um Skyline com 600 quilos ao invés de 340 que seria o seu peso normal e autorizar a sua decolagem!
Tudo isto e mais um punhado de irregularidades, que vieram causar a morte de muitos amigos meus. Bem deixemos para lá estes comentários que afinal não resolverão nada! A nossa sina talvez seja de sempre ser uns “foras da lei”!
“ – Quem é este piloto? perguntei para o Odilon, que estava no comando!
– Quem vai saber Niltinho, se tem mais de uns quatrocentos perambulando por ai?
– Onde fica a pista de onde ele saiu?
– Talvez seja aquela que na divisa da Venezuela, muito para lá da pista do Pau Grosso!
– Credo, muito longe, não é?
– Mais ou menos uma hora e meia de Boa Vista, Niltinho.
– É, vamos rezar para ele esteja em alguma pista por aí!”
Quando descemos já vimos o zum zum zum do desaparecimento do rapaz, e parecia que ainda não haviam o localizado, e a movimentação no aeroporto já havia começado, aquilo parecia que era um rasto de pólvora, afinal quem seria o próximo?
Fui para casa do Mucuim, meu eterno protetor, e não me saiu da mente aquela noticia.
“ – Não se preocupe Niltinho, deve estar em algum canto sem gasolina, logo irão achá-lo!
– Tomara Deus!” E fui tratar de dormir. No outro dia dei um passeio pela cidade, afinal aguentar tanto tempo dentro do rio, não era para qualquer um não, nunca vi uma vida tão sofrida como aquela, de garimpeiro, dormindo em rede, comendo mal, cerveja na cantina era o olho da cara!
O negocio mesmo era tomar 51 e olhe lá! Quando se fazia ouro era uma beleza, mas quando você entrava no blefo (como sempre), ninguém te aquentava, de tanto enjoamento.
E assim era minha vida, a única coisa boa, era que a úlcera tinha ido sarado, e tenho até mesmo um conselhinho para dar a todos que adquiriram uma, em função de desavenças familiares: que vá para um garimpo bem longe como fui, no fim do mundo e passe por lá uns oito meses sem voltar para casa, que garanto que voltará curado! Sem dúvida nenhuma, você voltara a ser um novo homem, como eu voltei!
Após uma semana de descanso, ainda no aeroporto esperando o embarque, fiquei conhecendo o pai do piloto desaparecido! Era um homem baixo de meia idade, com aparência de ser simples, que tinha o filho como arrimo da família e se notava claramente que existia uma grande ligação entre eles.
Conversando, notei que a hipótese dele ter morrido no acidente não passava por sua mente! Em hipótese nenhuma imaginava seu filho morto e aquilo me deixou surpreso, ocasião em que tratei de prepará-lo para o pior, pois sabia que um acidente naquelas condições e naquele lugar, teria uma em mil de encontrá-lo vivo! O avião estava cheio de mercadorias, e levava ainda o dono do garimpo e uma cozinheira! Olhem o que me respondeu:
“ – Senhor, não acredito que meu filho tenha morrido porque ele é muito inteligente, muito esperto e ele deve ter encontrado uma maneira de tapear a morte! Ele é um caboclo muito esperto, você vai ver que ele vai sair desta com vida!” Meu Deus, quanta esperança!
Despedi-me desejando muita sorte e voltei para a pista do Mucuim e à vida de garimpeiro, imaginem vocês como somos versáteis: de comerciante para fazendeiro, para garageiro, para piloto, para garimpeiro, eita nós, como brasileiro troca de profissão! É de fazer inveja para qualquer gringo!
Se não fosse esta versatilidade, muita gente já teria dado um tiro na cabeça afinal, é notório que o que nos quebra, são as mudanças políticas, o governo está acostumado a tirar a escada, e ficarmos com a broxa na mão.! “Eita pequeno Brasil bão, sô”!
Passado uma semana, acabei fazendo um ourinho bom, e tratei logo de voltar para a rua, para gastá-lo como todo garimpeiro que se preze! Ganha e gasta, é o povo que mais contribui para o consumo, nunca vi uma classe como esta, até as prostitutas e os bares, ganham com eles.
Nunca vou esquecer-me daquelas chamadas pelo radio AM que ouvíamos no garimpo, tinha umas que devo registrar aqui, para vocês terem uma idéia como este povo vivia.
“- Aqui vai um recado para a o povo da grota rica, no garimpo do Pau Grosso, estamos com muita saudade e aguardando a chegada de vocês para realizarmos aquele show, com direito ao lambe- lambe (até hoje eu não sei dizer o que significava aquilo, só sei que deixava a garimpeirada “arretada”) quem vos convida é a “Casa dos Amores” (da “zona” mesmo)!”
Outra mensagem:
“ – Para Robertinho, de Uberaba, da Grota da Madalena, no garimpo do Mucuim, sua esposa manda disser que, se você não mandar ouro ela vai “liberar” (dar para outro) e você que não se queixe depois, aguardo, te amo.” Acredito que o cara ouvindo aquilo, tratava de fazer ouro rapidinho e mandar para a esposa, que nesta hora já estaria passando um belo par de chifres para sua cabeça.
Quando pousei novamente de retorno no aeroporto de Boa Vista, me deu curiosidade de saber noticias do gauchinho. Olha quem eu encontro logo no portão que dava acesso a entrada para o salão, o pai do piloto desaparecido, só quem agora ele estava bem mais abatido, triste, e veio logo me perguntando:
“ – Tem noticias do meu filho? Seu moço, você viu algum avião derrubado?
– Sinto muito meu velho, não tenho noticia nenhuma! Vamos tomar um café e conversar mais.” Fomos para lanchonete e voltamos a conversar, afinal estava curioso por saber noticias dele.
“ – Como estão as buscas? O salva aero ainda está procurando por ele?
– Já procuram bastante e ainda não encontraram nada seu moço, e o meu medo é que vão parar as buscas!
– Calma meu velho, a coisa não é fácil não, o problema é que ninguém falou com ele pelo radio, para fornecer alguma pista, é isto que complica as coisas, mais fique tranqüilo que vamos ajudá-lo, tenha calma!”
Eu falava aquilo mais para tranqüilizá-lo um pouco, pois na verdade não achava que o piloto tivesse alguma chance afinal, cair naquela mata, ”babau”, a floresta engolia tudo! Tem arvores de mais de cinqüenta metros de altura o que, na verdade provocava dois tombos: o primeiro era nas arvores e o segundo no chão! O piloto Espanha ficou enganchado na copa das arvores e se não tivesse uma corda, estaria até hoje preso dentro do avião!
Quando fazíamos lançamento de mercadoria para aqueles garimpeiros que saiam para pesquisar ouro, só os encontrávamos, através de uma fogueira com muita fumaça, que soltavam de dentro da floresta e mesmo assim, nunca víamos ninguém, apenas a fumacinha e nada mais!
“ – Moço, vou dizer uma coisa para o senhor, meu coração está me dizendo que ele não morreu, portanto só saio daqui quando encontrá-lo, não vou parar de procurar pelo meu filho.” Que tristeza que me deu vendo aquela disposição daquele pai em não perder as esperanças.
Mas ele falou aquilo com tamanha convicção, que deixou-me assustado, pensando que o velho poderia enlouquecer, se não encontrassem seu filho!
Daquele dia em diante, passei a dar mais atenção para aquele pai, eu achava aquele gesto sublime demais, era de cortar o coração ouvi-lo falar do seu filho, como era bom menino, amoroso, companheiro, dava a impressão de que não era daqueles que só pensam nos pais quando têm uma dor de barriga qualquer e sim daqueles que amavam o pai e davam valor na sua presença, aquilo me surpreendia e tinha hora que eu o invejava. A esperança dele em encontrá-lo, doía em todos nós! Como seria difícil realizar seu sonho!
O tempo foi passando e nada! As buscas cessaram, ele já não tinha mais dinheiro para pagar hotel e muito menos para comer, e logo uns pilotos levaram-no para morar com eles e acabaram cuidando dele, dando-lhe comida e levando-o todos os dias de carona para o aeroporto! De tardezinha, quando chegava o ultimo avião é que ele voltava para casa, não sem antes perguntar a todos:
“ – Comandante, por acaso você encontrou meu filho?”
E a resposta era sempre a mesma!
“ – Não , não encontrei nada!” Ele abaixava a cabeça e saia triste sem nunca perder as esperanças.
Parecia aquela história do cachorro que acompanhou seu dono quando ele embarcou no trem para a guerra para nunca mais voltar e o cachorro ia todo dia à estação, na hora do trem chegar, com a esperança de receber seu dono e foi assim até morrer! Essa história parecia que teria o mesmo fim! Acredito que isto perdurou por mais de quarenta dias, até que um helicóptero vindo de Cachoeira (cidade na fronteira com a Venezuela) para Boa Vista, passou por cima de um avião caído na margem de um rio e, como não havia condições de pouso, anotou sua posição e comunicaram o achado de um avião Carioca!
Aquela notícia acendeu a esperança daquele pai de tal maneira, que já saiu contando para todos que o avião seria de seu filho, que não tinha dúvidas! Sua alegria contagiou a todos nós, ele pulava, gritava, já não era mais aquele velho cansado, abatido, era outro homem! E louco para ir ao helicóptero participar da busca!
E nós preocupados em não deixá-lo tão esperançoso, afinal poderia não ser ele, e como iria suportar mais esta dor, se não fosse o seu filho? Aquilo nos preocupava muito e tentávamos acalmá-lo! Mas o pior, é que havia a possibilidade de seu coração não aquentar, ao receber uma notícia que não fosse a que ele esperava!
“ – Calma, meu velho, vamos aguardar, não fique tão confiante, afinal, tem muitos aviões desaparecidos nesta região, vamos aguardar mais!” dizíamos a ele.
Nada disso adiantava, a confiança era tamanha em pensar que seu filho estava vivo, que não passava em sua cabeça a possibilidade de ele ter morrido na queda do avião, ou ainda ter sido morto picado por uma cobra, ou ainda comido por uma onça, como já tinha ocorrido com outros pilotos que haviam caído na mata, afinal já se tinha passado mais de quarenta dias que estavam desaparecidos, mas nada disso o fazia perder a esperança!
O avião havia caído em uma área de várzea, bem próxima à margem de um rio, parecia que o piloto havia feito um pouso intencional pois o avião estava intacto, não havia quebrado nada, aquilo só poderia ser obra de um bom piloto, um piloto acostumado em pousar curto, colocando o avião onde quisesse! Talvez fosse mesmo o avião do filho do “velho”, aquilo era obra de bom piloto, sem duvida, e para o pai ele era o melhor!
Quando o helicóptero baixou o cabo enviando uma pessoa para examinar o interior da aeronave, não encontraram ninguém, achando somente um bilhete informando que todos sobreviveram e, após uns dias aguardando socorro e como este não havia aparecido, resolveram fazer uma jangada e descer aquele rio, até encontrarem um maior e assim sucessivamente até achar um “beiradeiro” (aqueles que vivem as margem dos rios da Amazônia), para que recebessem assistência! Esta era a única pista dos sobreviventes!
Passaram um radio para Boa Vista informando o ocorrido e que iriam continuar nas buscas.
Meus amigos, aquilo caiu como uma bomba no meio dos pilotos e sem dúvida a esperança daquele pai aumentou! Ele não saia mais do aeroporto, nem comia direito, porém estava alegre, e não deixava de repetir:
“ – Eu não falei? Ele está vivo, está vivo, vivo!” E assim, parecendo um doido, sumia no meio da multidão! Eu via naquele comportamento, o maior ato de amor por um filho e pensava, como pode um ser humano, passado tanto tempo acreditando que seu filho estaria vivo, suportar uma decepção, caso não fosse ele? Amigos, nem queria pensar nesta hipótese!
Deus teria que dar para aquele homem esta graça, e seria um pecado se ele não recebesse. Vejam então, o que aconteceu:
Sobrevoando aquele riozinho, o helicóptero logo entrou no afluente dele, já um rio maior, e foram descendo rio abaixo e todo cuidado era pouco, não queriam passar por eles despercebidos, teriam que achá-los de toda maneira pois o mais difícil já havia ocorrido, que era a sorte de ter encontrado aquele avião que ninguém tinha mais esperança de encontrar!
Em dado momento o Gauchinho parou de remar e começou a prestar atenção no barulho que, ao longe, parecia de uma aeronave! O barulho aumentando cada vez mais, começou a dar a esperança que aguardava por muito tempo, de ser resgatado do meio daquela floresta!
O “rancho” (alimentos) que estavam sendo transportados no avião acidentado, e que agora tinham se acabado, haviam dado a eles um período maior de sobrevivência, mas já não se aguentavam, estavam todos muito cansados, com fome, com saudades de todos, enfim, loucos para sair daquela mata, cuja beleza que não dava mais graça de ver!
Com aquele barulho aumentando cada vez mais ele se levantou, ficando de pé jangada, dando um grito de alegria quando o helicóptero passou sob sua cabeça! Gritou tanto, que ficou gravado em sua mente aqueles gritos de esperança, disse depois, que nunca mais vai dar um grito com tanta emoção!
De alegria, os três se ajoelharam e rezaram, pela graça de enfim serem encontrados, pela graça de Deus! Alegres também ficaram os pilotos do helicóptero, quando viram aquelas três pessoas na jangada, sobreviventes, acenando sem parar e soltando gritos de felicidade!
Enfim a missão havia sido cumprida e com sucesso e aquilo era o que mais os deixava felizes! Sua recompensa, era de ter salvado mais aquelas vidas, um orgulho para a corporação!
A chegada a Boa Vista, não preciso nem dizer que foi emocionante, muita gente aguardando no aeroporto, gente chorando, gente sorrindo e no meio daquela alegria lá estava ele, o homem que mais caracterizou a esperança, o homem que em nenhum momento deixou de acreditar em seu filho, o homem que me ensinou que na vida, nunca devemos perder a fé e a esperança, e se um dia vocês se encontrarem diante de uma situação difícil como esta, e estiverem prestes a não acreditar em mais nada, lembrem-se desta história! Se necessário for, leiam novamente pois muito terá para ajudá-los, não tenho dúvidas!
Tinham marcado um churrasco, logo à tarde, infelizmente eu não poderia ir, e quando fui me despedir do velho, ele pegou em minha mão e olhou bem dentro dos meus olhos e disse:
“ – Muito obrigado, por tudo que vocês fizeram por mim, e espero que nunca venha acontecer com vocês o que aconteceu com meu filho, te cuida!
– Obrigado!” respondi.
Ele já ia um pouco distante quando voltou e me encarou, olhou bem fundo nos meus olhos e disse justamente aquelas palavras que eu havia ouvido um milhão de vezes:
“- EU NÃO FALEI?”
E assim termino mais esta história, quase chorando em recordar tudo aquilo!
Comandante Niltinho
é piloto de garimpo
bbCurioso, e impresionante esta história, sem dúvida a esperança é a ultima que morre.