A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira, 18, que vai liberar linhas de crédito com condições especiais para caminhoneiros. As ações fazem parte do pacote de medidas aprovado pelo presidente Jair Bolsonaro para atender as demandas da categoria, diminuindo os riscos de paralisação.

Os recursos serão destinados ao crédito pessoal, renegociação de dívidas e, futuramente, antecipação de recebíveis – que tem como objetivo baratear os custo dessa operação, visto que os profissionais da área acabam antecipando os rendimentos com as viagens a taxas muito elevadas, fora do sistema financeiro nacional, como em postos de gasolina, por exemplo.

Como vão funcionar as novas medidas?

Caminhoneiros autônomos poderão acessar pelo celular o Documento Eletrônico de Transportes (DT-e) e, a partir dele, utilizar a carta de frete como recebível e obter crédito em bancos tradicionais e fintechs do mercado.

Outra novidade é que a estatal vai oferecer condições especiais para caminhoneiros que tomarem crédito pessoal, como taxas de juros entre 3,01% a 3,70% ao mês, prazo de até 60 meses para pagar e carência de até 60 dias para quitar a primeira parcela do acordo.

Se o trabalhador tiver um imóvel, ele também poderá usá-lo como garantia na obtenção de um financiamento de até 60% do valor do bem. Nesta modalidade, a taxa de juros oscila de 0,60% a 1,10% ao mês e oferece prazo de 180 meses para pagar.

Renegociação de dívidas

Caminhoneiros com dívidas comerciais atrasadas terão mais oportunidades de renegociação no novo pacote de medidas. A Caixa vai oferecer como vantagem taxa de juros a partir de 1,14% e descontos de até 90% para a quitação de débitos vencidos há mais de 360 dias.

Outra novidade possibilitará o financiamento de projetos de Ponto de Parada e Descanso (PPD) em estabelecimentos certificados. Pela modalidade, as condições de crédito vão depender de cada projeto. No entanto, sabe-se que as taxas partem de 0,99% ao mês e o prazo para pagamento pode chegar a 120 dias.

Lembrando que as linha de crédito e medidas de simplificação anunciadas pelo governo federal, em parceria com a Caixa, tem como esforços frentes que não utilizam de espaço fiscal para entrarem em vigor.