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Black Friday: começa dia 25 mas consumidor já encontra bons preços

Black Friday (em português, sexta-feira negra) é o dia que inaugura a temporada de compras natalícias com significativas promoções em muitas lojas retalhistas e grandes armazéns. É um dia depois do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, ou seja, celebra-se no dia seguinte à quarta quinta-feira do mês de novembro. Esta festividade começou nos Estados Unidos e com a ajuda das novas tecnologias e a promoção deste dia por parte das diversas empresas vem-se estendendo pelo resto dos países do mundo.

No Brasil, a grande oportunidade de vendas deve ocorrer no próximo dia 25 de Novembro, embora desde o início da segunda semana do mês, o comércio já tenha começado a registrar inúmeras promoções e vendas com descontos realmente tentadores, embora que ainda devam ser encaradas com certa desconfiança 

A Black Friday é uma das datas mais importantes para o setor varejista, porque representa ótimas oportunidades de compra para os clientes e muitas vendas para os lojistas. Em 2019, por exemplo, o faturamento da data foi de R$ 3,2 bilhões, o que representou 20 vezes mais vendas do que o resto do ano.

Aumento das vendas

A primeira Black Friday do Brasil aconteceu no dia 28 de novembro de 2010 e foi totalmente online. A data reuniu mais de 50 lojas do varejo nacional.

Em 2013, a Black Friday no Brasil bateu seu recorde, faturando R$770 milhões em comércio online. Os produtos mais almejados são televisores e smartphones. A média de desconto para aparelhos celulares foi de 16% e para televisores chegou a 19%.

Segundo a consultoria E-Bit, em 2014, a data gerou R$1,2 bilhão em vendas somente na internet, que corresponde a 3,5% do faturamento anual, consolidando assim a Black Friday como uma das datas mais importantes para o comercio online.

Atenção às fraudes

Para evitar práticas fraudulentas, como a maquiagem de preços e falsos descontos, a câmara brasileira de comércio eletrônico (Câmara e-net) criou o código de ética para a Black Friday e publicou uma lista com as lojas participantes que foram regulamentadas segundo as normas da cláusula.

Outra ótima opção para não cair em armadilhas de falsas promoções é utilizar comparadores de preços como a Econovia e o Buscapé que oferecem um histórico de preços dos produtos de até um ano.

Apesar de fraudes serem comuns e cada vez mais frequentes, a black friday brasileira não pode ser manchada apenas por este ponto de insatisfação, existem sites de promoções sérios dispostos a ajudar consumidores comuns a encontrar promoções verdadeiras pela internet, com o número cada vez mais crescente de ofertas, estas ferramentas que são verdadeiras comunidades, se mostram extremamente úteis em ajudar os consumidores a economizar tempo e descobrir novas ofertas verdadeiras.

Outro problema sério que ocorre no Brasil são os descontos “maquiados”, ou seja, as lojas sobem o preço alguns dias antes da Black Friday e abaixam no dia do evento, alegando “megadescontos”.

Segundo pesquisa do Provar – Programa de Administração do Varejo – o preço de 21% dos produtos foram aumentados na Black Friday, o que gerou indignação nos e-consumidores, que usaram a expressão “Black Fraude” para se referir ao evento. Houve um movimento nas redes sociais de posts de print screen dos preços e seu aumento à medida que o dia da Black Friday Brasil se aproximava. Devido a essas incidências, a empresa Reclame Aqui lançou uma ferramenta de monitoramento, onde os usuários podiam conferir a reputação das empresas das quais desejavam efetuar compras e também reclamar ou denunciar práticas irregulares nas promoções.

Apesar da proposta do evento, alguns lojistas elevam deliberadamente o preço dos produtos antes da Black Friday para poder anunciá-lo por um preço mais baixo durante o evento, de modo a fazer o consumidor acreditar que está fazendo um bom negócio. Por conta disso, o Procon de diversos estados do país realizam o monitoramento dos preços a fim de evitar fraudes.

O Procon-SP iniciou em 2013 uma listagem de e-commerces não confiáveis. Trata-se de uma Lista de sites que devem ser evitados principalmente na Black Friday, pois tiveram reclamações de consumidores registradas no órgão, foram notificados e não responderam ou não foram encontrados.

Empresas participantes

O evento não tem regulamentação, nem organização centralizada. Qualquer empresa, tanto virtual quanto física, pode fazer promoções com o nome Black Friday.