Ajoelhou…tem que rezar !!!
O que acontece, então? As concessionárias “rebeldes” continuam operando pelos contratos que têm e que valem até 2015 e 2017. Ganham mais do que o governo federal lhes oferece em caso de renovação antecipada. E no vencimento, devolvem as hidrelétricas para a União. Que as licita novamente, a seu jeito.
O governo Dilma está numa situação delicada. Prometeu diminuir a conta de luz do cidadão e da indústria em até 20%. Se as elétricas rebeldes não aceitam a renovação antecipada, abrindo mão de polpuda parte de seu ganho, não dá para o governo baixar custo da energia.
Só a estatal mineira Cemig já deixou de fora dessa renovação antecipada três hidrelétricas, que podem juntas gerar 2,5 MW. Também a Cesp, paulista, a transmissora Cteep e outras vão ficar de fora. Só a Cesp não renovando as concessões das usinas de Ilha Solteira, Três Irmãos e Jupiá, tira uma potência de quase 5,8 mil MW. Somando com a queda das mineiras, o total da geração de energia previsto no plano de Dilma cai de 25,5 para 16,8 Mw. É muita coisa, assim não dá para baixar a conta de luz. E, pior, a meta da inflação fica compremetida.
O governo Dilma se defende ponderando que o impacto da geração de energia no cálculo da tarifa depende mais da efetiva produção das hidrelétricas do que de sua capacidade instalada. Não é muito densa essa tese, defendida no momento que por falta de chuva, represas vazias, o governo está gastando bilhões para produzir energia nas termoelétricas, a óleo e carvão.
Olhando para a frente e contando com as hidrelétricas planejadas, quase todas paradas no papel, e as que estão em contrução comprometidas por contendas judiciais com ambientalistas, ongues, índios e defensores de bagres, a paisagem na janela do governo Dilma não é boa. E não dá pra botar muita culpa no governo não.
Ajudaria bastante prender essa escumalha ambientalista por uns tempos (anos) numa clareira com um roçadão, bem no meião da Amazônia, num lindo lugar que só se chega de canoa por 500 Km rio abaixo – para sair de lá é rio acima, no remo. Sem Coca-cola, só água do rio, comendo mandioca com pirão de tilápia e sopa de filhote de jacaré – que morde menos no preparo. No domingo, guisado de macaco com banana queimada na fogueira. E punha um monte de índio morando junto com a tigrada.
Na verdade, é fato que o governo podia ter mais sorte e menos casca de banana pelo caminho, para resolver a demanda de energia – que está crítica.