CAÇAPAVA e região

Acumuladores de lixo: doença psiquiátrica!!!

DSCN0877A acumulação compulsiva ou acumulação patológica ou disposofobia, consiste na aquisição ou recolha ilimitada de bens ou objetos que, por vezes, já foram deitados pelos outros ao lixo. As pessoas que sofrem desta perturbação, maioritariamente idosos, acumulam tudo o que podem para mais tarde conseguirem dar uma resposta eficaz a uma eventual emergência. Além disso, são incapazes de usar ou deitar fora os objetos ou bens mesmo quando eles são inúteis, perigosos ou insalubres.

A acumulação compulsiva também é conhecida como Síndrome de Miséria Senil ou Síndrome de Diógenes, devido ao filósofo grego, Diógenes de Sinope, que vivia como um mendigo, dormia num barril e recolhia da rua inúmeros objetos sem valor. Trata-se de uma perturbação que conduz ao isolamento social, diminui a mobilidade e interfere com a realização das tarefas mais básicas do dia-a-dia, como a alimentação de um idoso, a forma de se vestir e a sua higiene pessoal.

O acumulador compulsivo no seu extremo é por vezes apelidado de “colecionador de lixo”, uma vez que reúne determinados artigos que produzem maus cheiros e estes atraem insetos e roedores. Essa pessoa também poderá juntar livros, revistas, ferramentas, recipientes, metais, móveis, eletrodomésticos, entre outros materiais, correspondendo à imagem dos sem-abrigo que juntam todo o tipo de velharias. Também é de realçar que um acumulador compulsivo pode reunir um número exagerado de animais de estimação e, na maioria das vezes, não tem como os alimentar nem como os abrigar corretamente.

Normalmente, eles vivem em condições anti-higienicas, são pessoas deprimidas, por vezes incapazes de cuidar de si próprios e acabam por ficar muitas vezes doentes. Existem determinados sinais que indicam que uma pessoa sofre de acumulação compulsiva. Trata-se portanto de uma doença, trstorno mental, recentemente reconhecido e cujo tratamento ainda começa a dar os primeiros passos.

Em Caçapava, conhece-se pelo menos quatro locais onde existem pessoas acometidas deste transtorno mental que, involuntariamente, acaba por gerar situações de crise com vizinhos, incomodados com o mau cheiro e o aparecimento de insetos e roedores.

Como doença nova, ainda não totalmente mapeada, carece de jurisprudência capazes de instruir as providências dos organismos municipais e até mesmo policiais, no sentido de garantir a harmonia e a proteção, o ponto de vista da saúde pública, dos vizinhos. Entretanto, isto não impede do município de constituir ações judiciais, amparadas em relatórios das Vigilâncias Sanitárias e Epidemiológicas, acompanhados de declarações da vizinhança, visando eliminar o problema e encaminhar o Acumulador, para o devido tratamento de saúde!

DSCN0879