A demolição da Capela de São Roque em Caçapava, SP
Iniciada em 20 abril, a demolição da Capela de São Roque, na praça Dr. Rodrigues Alves em Caçapava, que sofreu desabamento parcial na madrugada do dia 19 de fevereiro, e que é uma das mais antigas capelas da região, quiçá do estado de São Paulo, eis que se tem registros de sua construção, ainda antes de 1.860, conforme citação do Professor e acadêmico João Damas Nogueira, no livro “Síntese histórica de Caçapava”.
Já de longa data, esta capela enfrentava problemas por conta da falta de manutenção, embora tenha sido inclusive, objeto de campanha junto à população, para sua recuperação, ocasião em que não recebeu os investimentos previstos e a cidade teve que se conformar, mais uma vez, com a reforma precária de alguns itens, que não garatiram, por completo, a segurança das instalações.
A Capela de São Roque necessita, já de longa data, de um plano imediato de manutenção corretiva e restauro das partes mais comprometidas, que são várias, conforme as fotos abaixo, indicativas de risco para pedestres e veículos que por ali transitam. Quando falamos em restauro, claro que visualizamos procedimentos autorizados por especialistas no assunto, os quais, embora caros, certamente irão recuperar totalmente o prédio, e eliminar as eventuais possibilidades de acidentes que possam comprometer a segurança dos caçapavenses.
As responsabilidades, envolvem diretamente a Mitra Diocesana de Taubaté, depositária da propriedade do imóvel e responsável pela conservação e manutenção das instalações, em conformidade com o Código de Obras do município, que não foi fiscalizada pela Prefeitura de Caçapava que, com base em laudos técnicos, teria a autonomia para interditar ou não imóvel, em estado de ameaça à população.
Quando à demolição em si, especialistas no setor entendem que o prédio da Capela é passivel de completo restauro, situação que envolveria recursos na ordem entre R$ 3 a 4 milhões de reais, o que não foi aceito pela Mitra, que optou pela demolição, iniciada agora em Abril de 2023.