CAÇAPAVA e região

A demolição da Capela de São Roque em Caçapava

Após estudos técnicos para aferição do estado da construção da Capela de São Roque, na Praça Dr. Rodrigues Alves em Caçapava, que sofreu desabamento parcial em 19 de Janeiro, e dado ao alto custo necessário para a completa restauração do imóvel, a Mitra Diocesana decidiu pela demolição, que deverá ocorrer já à partir do início da próxima semana, 10 de Abril.

Visando garantir a segurança dos munícipes que transitam pelas proximidades, o trecho da Avenida Cel Alcântara, que passa ao lado do imóvel, já está completamente interditado, situaçao que deve perdurar por cêrca de 40 dias.

O terreno onde foi construída a Capela de São Roque, que incorporou o cemitério da Irmandade do Santíssimo Sacramento, é proveniente de doação do casal Coronel João Dias da Cruz Guimarães e sua mulher dona Maria Carolina da Conceição, fato ocorrido em 16 de Abril de 1845, conforme citação do escritor e Desembargador Benedicto Alípio Bastos, em sua obra de 1955, intitulada Caçapava Apontamentos Históricos e Genealógicos.

Embora em data imprecisa, consta que a então Capella de São Roque e o Cemitério da Irmandade do Santíssimo Sacramento, foram construídos por volta de 1850, estando a completar, portanto, seus 173 anos de história, durante a qual serviu e atendeu a comunidade católica caçapavense, inclusive para cerimônias fúnebres (missas de corpo presente e velório) e capelania militar.

As demolições da Capela de São Roque e do Reservatório D’Água do lado da Praça Melvin Jones, ambas construções centenárias deixam uma significativa marca na sociedade caçapavense, como antigas construções locais infelizmente prejudicadas pela falta de leis abrangentes, de caráter municipais, visando a preservação e conservação destes componentes do riquíssimo patrimônio cultural, social, arqueológico e etnográfico taiada.