À procura de Robson Marinho !!!
Robson Marinho foi afastado das suas funções no TCE após o Ministério Público apontar que ele ajudou a multinacional francesa Alstom a conseguir contratos sem licitação no setor de energia durante o governo de Mário Covas.
Lá pelos anos 70, mais precisamente por volta de 1975/1976, bordejou pela sociedade caçapavense, escorado como Deputado Estadual em busca de votos para si e também para outros candidatos, alguns deputados federais, da região, como João Bastos, de Cruzeiro e Joaquim Bevilaqua, de São José dos Campos.
Foi chefe da Casa Civil do governo de São Paulo de janeiro de 1995 a abril de 1997, deixando o posto para assumir o cargo no TCE, tornando-se responsável pela análise dos gastos públicos no Estado mais rico da federação. Um caso típico da raposa cuidando do galinheiro!
As investigações contra o famoso integrante do TCE tiveram início há seis anos. O governo da Suíça descobriu que a Alstom pagou propinas para obter contratos com o governo de São Paulo. Documentos apreendidos da empresa traziam as iniciais “RM” e TCE. Diante da grave denúncia, o Ministério Público passou a investigar o caso e descobriu que RM – Robson Marinho – ajudou a multinacional a fechar contratos sem licitação no valor de R$ 281 milhões. Segundo depoimentos de ex-diretores da Alstom, o suborno alcançou 15% dessa cifra.
Em julho passado, novos documentos encaminhados por autoridades da Suíça e da França comprovaram que o grão-tucano fez vários depósitos em bancos no exterior. Entre eles, ordens de transferência para a conta “Higgins Finance”, aberta no Credit Lyonnais Suisse de Genebra em 1998. Esta offshore constituída nas Ilhas Virgens Britânicas estaria em nome de Robson Marinho e de sua mulher. De acordo com a documentação, “a conta Higgins recebeu US$ 2,7 milhões totalizando 17 aportes. Sete teriam sido feitos pelo empresário Sabino Indelicato, que é sócio de Marinho e ex-secretário municipal de Obras da gestão do atual conselheiro do TCE-SP na prefeitura de São José dos Campos (SP)”, revelou o jornal Valor.
Outra denúncia mostra que o conselheiro afastado do TCE transferiu US$ 1,15 milhão para o Coutts Bank, nos EUA, também em 1998. No mesmo período, ele comprou uma mansão no luxuoso bairro do Morumbi, em São Paulo – hoje avaliada em R$ 4 milhões. “A Promotoria apurou que os vendedores do imóvel onde reside Marinho mantêm conta na mesma instituição financeira para a qual ele fez a transferência. As duas operações – transferência do dinheiro e a compra – ocorreram no dia 28 de setembro de 1998. Marinho possui, além do imóvel no Morumbi, uma ilha em Paraty (RJ), uma casa em Ubatuba (SP) avaliada em R$ 7 milhões, e outros bens”, descreveu Fausto Macedo, do jornal Estadão.
Diante de tantas denúncias, porque será que o nome dele sumiu da mídia?