Polícia e MP investigam o “locador” de Antonio Palocci !!!
Gesmo Siqueira dos Santos, suposto “proprietário” do apartamento alugado por Antônio Palocci encontra-se sob investigação em São Paulo.
Perscrutam os negócios de Gesmo a polícia civil (Delegacia de Lavagem de Dinheiro) e Ministério Público paulista (Grupo Especial de Repressão aos Delitos Econômicos).
Em noticia veiculada nos jornais e revistas semanais, traçou-se o perfil do personagem que Palocci apresentou como seu locador. O texto informa: constatou-se na investigação que Gesmo ganha a vida como “laranja profissional”.
Os investigadores suspeitam que ele se ocupe da ocultação de patrimônio de clientes que não querem que a fortuna venha à luz. Policiais e promotores começaram a esquadrinhar um suposto esquema criminoso de lavagem de dinheiro. Gesmo controla, segundo se informa, uma “quadrilha” de pelo menos quinze pessoas. Gente que oferece nomes e CPFs para o registro de empresas.
O rol de “laranjas” de Gesmo inclui a mãe, a mulher, a sogra, o sobrinho e a empregada.
Entre 2002 e 2011, o grupo abriu 57 empresas, a maioria postos de gasolina e imobiliárias. Gesmo já respondeu a 108 inquéritos. Batida policial feita no escritório dele recolheu 22 mil notas fiscais frias, falsificadas ou duplicadas. A Polícia e o Ministério Público estimam que, entre 2005 e 2007, as empresas da turma de Gesmo movimentaram R$ 35 milhões em verbas de má origem. Entre 1996 e 2006, Gesmo e a mulher dele “compraram” 41 imóveis. “Pagaram à vista”.
Entre os imóveis está o apartamento de 640 m², avaliado em R$ 4 milhões, que Palocci “alugou” para servir-lhe de moradia na capital paulista. Palocci, como se recorda, dispõe de apartamento próprio. Coisa fina, comprada por R$ 6,6 milhões –parte do pé-de-meia que amealhou como “consultor”.
A despeito disso, o agora ex-chefe da Casa Civil tornou-se “locador” de Gesmo. O personagem tem uma, digamos, afinidade partidária com Palocci. Gesmo filiou-se ao diretório do PT de Mauá, cidade do ABC paulista, em abril de 1988. O ex-superministro sustenta que não o conhece.
Coforme já noticiado, o apartamento “alugado” por Palocci está registrado, hoje, em nome de empresa que tem como sócios dois jovens –23 e 17 anos.
Um deles, Dayvini, dera entrevista na semana passada. Primeiro, simulara surpresa. Dissera que desconhecia o imóvel. Depois, admitiu ser “laranja” do tio Gesmo.
A Morumbi, imobiliária com a qual Palocci diz ter fechado o contrato de aluguel, já não opera no ramo de imóveis. Segundo consta, nos últimos três meses, a Morumbi Administração de Imóveis mudou duas vezes de nome e de ramo. Converteu-se numa revendedora de carros, a Asia Motors. Em seguida, foi rebatizada de Home Ortobel. No papel, opera agora no ramo de móveis e colchões.
Como se vê, a “sorte” que acudiu Palocci em suas consultorias companheiras abandonou-o na hora de escolher um apartamento para alugar.