Tem que pagar na marra!!!
Eletrobrás: vai devolver bilhões aos usuários pessoa jurídica
A conta da Eletrobras começa em 1962, quando o então presidente João Goulart criou o empréstimo compulsório para financiar a expansão do setor elétrico. A taxa passou a ser cobrada dois anos depois, inicialmente sobre toda a conta de eletricidade. Em 1976, durante o governo do general Ernesto Geisel, o empréstimo foi reformulado e passou a ser cobrado, apenas, de pessoas físicas e jurídicas que desenvolviam algum tipo de atividade industrial e consumiam acima de 2.000 Kwh – o equivalente, hoje, a uma conta mensal de mais ou menos R$ 400. Ou seja: uma costureira com duas ou três máquinas em operação no quintal de casa, uma padaria, e uma indústria siderúrgica de grande porte pagaram a taxa. Ninguém que tenha produzido algo no território nacional escapou da cobrança, que só foi abortada em definitivo no final de 1993.
Como se tratava de um empréstimo, restou a dívida, reconhecida pela Eletrobras. No balanço de 2002, por exemplo, a estatal que já comandou a totalidade do sistema elétrico brasileiro provisionou pouco mais de R$ 3,5 bilhões para o pagamento, no longo prazo, das obrigações do compulsório – além de outros R$ 230 milhões separados para o pagamento dos juros de 6% ao ano devidos pelo empréstimo.