GERAL

Conluio desviou verbas de vítimas de desastre natural !!!


12 de janeiro de 2011. Região Serrana do Rio de Janeiro. Temporal. Cheias. Enxurradas. Deslizamentos. Destruição. Mortes. Muitas mortes: 900 cadáveres.
Transportado pela TV, o maior desastre natural da história do país varou o olho do brasileiro, ateando-lhe solidariedade na alma.

Recém-empossada na Presidência, Dilma Rousseff apressou-se em visitar a região. Mandou liberar R$ 100 milhões para socorrer as vítimas. As verbas saíram, a toque de caixa, do orçamento do Ministério da Integração Nacional. Seriam gastas no ritmo da urgência, sem a trava das licitações.

Pois bem. Revela-se agora: na semana da tragédia, houve uma reunião macabra numa sala da prefeitura de Teresópolis. Levaram os cotovelos à mesa empresários e secretários municipais das quatro cidades cortadas pelas águas de janeiro.

Na surdina, ratearam-se os contratos. Injetaram-se propinas nos borderôs. Normalmente de 10%, o “quanto é que eu levo nisso” foi inflado para 50%.

Repetindo: enquanto bombeiros e agentes da Defesa Civil recolhiam mortos e resgatavam sobreviventes, empresários e políticos mastigavam as verbas.

Deve-se a revelação a um empresário. Em busca proteção e de eventual perdão judicial, abriu o bico. Falou a vereadores e ao Ministério Público Federal, em Petrópolis. Relatou detalhes do esquema, nomes e cifras.

O descalabro encontra-se agora sob apuração. Os acusados, como sempre acontece, negam os malfeitos.

Não resta senão sintetizar o mais famoso código ético e social do mundo ocidental. Começa assim: “Não matarás, não roubarás…”

No Brasil, não resolveu o problema. Antes, ofereceu idéias que vêm sendo executadas com esmero!