Mercado de TI enfrenta falta de profissionais na região !!!
O setor de TI (Tecnologia da Informação), um dos que mais cresce no país, abrange um vasto leque de opções de trabalho. Entre elas, a área de licenciamento de desenvolvimentos de sistemas ganha adeptos a cada dia.
O salário inicial varia de R$ 2.500 a R$ 5.500. A carreira é atrativa e os especialistas afirmam: o mercado está longe de ficar saturado.
O salário inicial varia de R$ 2.500 a R$ 5.500. A carreira é atrativa e os especialistas afirmam: o mercado está longe de ficar saturado.
Segundo estimativa da Brasscom (Associação Brasileira de empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), há uma defasagem de 92 mil profissionais de TI no país e o maior problema é a falta de mão de obra qualificada.
“O profissional dessa área tem que estar sempre se atualizando. No Vale do Paraíba, falta muita mão de obra especializada. De dez candidatos a empregos, oito já são eliminados por não terem conhecimento de uma língua estrangeira”, afirma o professor da Universidade de Taubaté e mestre em ciência da computação, Samuel Alves Pereira.
Outra peculiaridade do trabalho do profissional de TI é sua alta rotatividade. Pelo risco de um concorrente desenvolver um sistema mais eficiente que o seu, ele deve estar preparado para o pior. “Costumamos dizer que o profissional de TI tem que estar sempre preparado para ser demitido”, afirma Pereira.
Ricardo Emanuel de Campos Lé, 59 anos, é proprietário da Polyware Informática Ltda. Há 18 anos no mercado de TI, vivenciou a evolução do setor ao longo dos anos.
Ele conta que começou desenvolvendo sistemas de cálculos complexos para a Embraer e bancos, usando como base o “mainframe”, um computador de grande porte com função de armazenar grande quantidade de informação.
Atualmente, foca seu trabalho comercializando sites de estabelecimentos. “O futuro é esse. As empresas têm consciência de que precisam estar na internet para estar no mercado”, afirma.
Atualmente, foca seu trabalho comercializando sites de estabelecimentos. “O futuro é esse. As empresas têm consciência de que precisam estar na internet para estar no mercado”, afirma.
Assim como o professor da Unitau, Ricardo considera a mão de obra no Vale de baixa qualidade e alerta para outro problema: o assédio de empresas do exterior.
“Fora do Brasil, também há uma defasagem na mão de obra e essas empresas vem busca-la no Brasil. Como o salário é muito melhor, as pessoas trabalham fora do país.”
Somente em São José, cerca de 10 mil profissionais do ramo de TI atuam na cidade, a maioria no segmento de terceirização de serviços dentro de empresas.