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EUA criticam navios de guerra do Irã atracados no Brasil

 

A diplomacia norte-americana se mostrou preocupada com a decisão do governo brasileiro de permitir que as embarcações Iris Makran e Iris Dena, que pertencem à frota de guerra iraniana, atracassem no país

 
A diplomacia norte-americana se mostrou preocupada com a decisão do governo brasileiro de permitir que as embarcações Iris Makran e Iris Dena, que pertencem à frota de guerra iraniana, atracassem no país 

Os Estados Unidos criticaram a permissão dada pelo Brasil para que dois navios de guerra do Irã atracassem no Rio. Ao jornal O Estado de S. Paulo, um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano afirmou que a decisão brasileira foi “errada” e passou uma mensagem negativa. As embarcações Iris Makran e Iris Dena devem ficar na Baía de Guanabara até o sábado 4.

Além disso, os EUA observaram que o Brasil é o único país da América do Sul que está dando suporte ao Irã. “Hospedar embarcações iranianas pertencentes a um regime que está reprimindo brutalmente seu próprio povo no país, fornecendo armas para a Rússia usar em sua guerra de agressão contra a Ucrânia e engajando em terrorismo e desestabilizando a proliferação de armas pelo mundo envia uma mensagem errada e é uma decisão errada”, disse o porta-voz, sob anonimato.

Os navios de guerra do Irã já haviam recebido autorização para atracar em janeiro, mas a decisão foi adiada, por causa de uma viagem de Lula aos Estados Unidos, para uma reunião bilateral com o presidente Joe Biden, na Casa Branca.

Sanções contra o Brasil

Parlamentares dos EUA estão pressionando o governo Biden a adotar sanções contra o Brasil. O senador republicano Ted Cruz, do Texas, é um desses congressistas. Segundo ele, os navios iranianos em solo brasileiro representam “uma ameaça direta à segurança dos norte-americanos”.

Por ora, o Departamento de Estado não falou em sanções e não comentou qual a posição dos EUA sobre o pleito de republicanos.

No Itamaraty, a leitura feita é que, apesar da pressão, os norte-americanos “entenderam o recado” enviado por Brasília de que a questão envolve o Brasil como um país soberano e sua relação com outro país soberano, o Irã, apesar do alto custo que essa ação pode resultar ao Brasil caso os norte-americanos reajam com sanções.

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