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Presidente argentino faz chacota do Brasil e consegue 4 bilhões de “empréstimo” do BNDES

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, pouco depois de receber a faixa presidencial - 10/12/2019 | Foto: Divulgação/Instagram/Alberto Fernández

O presidente da Argentina, Alberto Fernández

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou que “Deus é argentino”. “Sempre que estamos mal, ele nos ajuda”, disse, em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira, 27. Há poucos dias, o peronista recebeu a confirmação de Lula de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social vai bancar um gasoduto no país. A obra deve custar R$ 4 bilhões.

A declaração soma-se a outra polêmica gerada em junho de 2021. Durante um evento, Fernández disse que “os mexicanos vieram dos índios, os brasileiros saíram da selva, mas nós, os argentinos, chegamos de barcos”.

Fernández disse que o Brasil tem a ganhar com a Argentina, sem dar muitos detalhes sobre isso. “Preciso que o Brasil esteja do nosso lado”, disse. “É o nosso principal parceiro comercial, inclusive nos anos de Bolsonaro (…) No governo dele, apesar dos maus-tratos a que fui submetido, preferi me calar e privilegiar o vínculo entre nossos países, em vez de romper com tudo.”

O peronista comentou ainda os protestos de 8 de janeiro. Para ele, as cenas de vandalismo registradas na Praça dos Três Poderes têm sua gênese no “bolsonarismo”. Fernández disse ter estranhado a “passividade” das Forças Armadas e das polícias, quando a manifestação ocorreu. O presidente da Argentina garantiu “confiar” na liderança de Lula para vencer isso.

“As nossas instituições militares e de segurança são mais sólidas e mais comprometidas com a democracia, com a constitucionalidade”, observou Fernández. “Eu tenho certeza absoluta de que eles seguem minhas ordens e que eu sou o comandante das Forças Armadas. Isso não está acontecendo no Brasil.”

Adiante, Fernández sugere que sua vice, Cristina Kirchner, e Lula são vítimas de perseguição judicial. “O que Lula e Cristina têm em comum é que as acusações contra eles foram forçadas para envolvê-los em processos criminais”, disse. “O ato pelo qual condenaram Lula é absurdo. O mesmo ocorre com Cristina, com uma acusação juridicamente inaceitável.”