O espetáculo da irresponsabilidade
“Como é que você vai chegar na sua casa e dizer para seu filho que ele tem de ser uma pessoa honesta, que ele tem de trabalhar e estudar, quando, depois de escândalos de corrupção, de repente se permite que as pessoas que estavam no centro dos acontecimentos retornem ao poder sem fazer qualquer espécie de expiação das suas responsabilidades?” (Sergio Moro – Entrevista a Veja).
O gigante Brasil despertou e quer punição pelas irresponsabilidades.
O Supremo, através de Fachin, com sua firula jurídica deu um “duplo carpado” na justiça e, de forma inacreditável, tornou um sujeito condenado a 12 anos de cadeia em todas instâncias (cumpriu apenas 580 dias de prisão por corrupção), magicamente foi solto, descondenado, e prontinho para disputar a eleição com todas as bênçãos de seus padrinhos-ministros.
O Senado, através de seu presidente, Rodrigo Pacheco, órgão encarregado de punir os erros dos ministros do STF nomeados e antes sabatinados, aprovados, e que juraram perante aos senadores guardar a Constituição, inventaram outra Constituição, uma tão conveniente que até as regras restritas ao espaço de trabalho desses ministros, foram ampliadas abrangendo todo território nacional, para que qualquer brasileiro que falasse contra eles fosse apenado severamente. Rodrigo Pacheco e a maioria dos Senadores silenciaram e compactuaram com o ilícito.
A imprensa militante, cuja polpudas verbas de propaganda governamental foram cortadas pelo governo, marcou Bolsonaro como o inimigo “número-um” da humanidade. E rapidamente passou a limpar o passado sujo de Lula e do PT. A exaltar feitos jamais realizados. A repetir e repetir, repetir sempre que o PT era e é um partido democrático; que todos os ministros, assessores e nomeados do governo Lula que foram presos eram muito competentes e não ladrões. E todos os dias entrevistavam os que fizeram malfeitos, para que eles se defendessem e acusassem de corruptos a quem os prendeu.
Um grupo de advogados intitulado “prerrogativas” foi montado, eram os mesmos que defendiam todos os que assaltaram o Brasil. A eles aliaram-se Alckmin, o “santinho-do-pau-ôco”, “os intelectuais”, “reitores progressistas” de universidades, “juízes”, “os artistas”, “religiosos progressistas” e uma escumalha de lambe-botas que se prestam apenas a fazer o mal e mais os pequenos partidos de esquerda encarregados de entrar com pedidos contra o Presidente no STF e que eram imediatamente atendidos.
E a roda da irresponsabilidade se movia assim: a “imprensa militante” destacava em grandes manchetes os pedidos de PT, PSOL, PCB, Rede ao STF. Depois enfatizava que o Ministro Moraes acatara e ordenara a investigação. E por fim chamava “os especialistas” em coisa nenhuma para dizer que tudo estava correto e o grupo de “especialistas” debatia e acusava o Presidente de golpista, antidemocrático, miliciano, ditador, pedia a sua morte, sua destituição, afirmava que um genocida dirigia a nação e proferia contra o Presidente todos os nomes ofensivos que você souber ou puder lembrar.
Foi esse o espetáculo da irresponsabilidade que assistimos durante 3 anos e 10 meses do governo de Jair Bolsonaro, legitimamente eleito.
Sobre o êxito do Governo Bolsonaro, contra a opinião de todos esses irresponsáveis, disse Alexandre Garcia:
“Nunca o país foi passar de um mandato presidencial para o outro tão “acertadinho”. O desemprego está em queda: já esteve em 14 milhões, está em 8,7%, e chegando a 6% estará perto do pleno emprego.
Além do desemprego, a inflação está em queda, menor que a dos Estados Unidos e da Europa. O PIB está em alta, pode crescer mais que o da China. A arrecadação está em alta, embora o governo tenha cancelado muitos impostos.
Contas públicas em equilíbrio com o superávit primário, balança comercial com superávit, balanço de pagamentos com superávit. Obras em andamento por toda a parte, rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, pontes, condução de água para o Nordeste. E mais: saneamento de estatais que davam prejuízo e agora dão lucro. Ministérios sem a intervenção de partidos políticos, que usavam ministérios e estatais para se abastecer de verbas para fazer campanha política, de desvios, sem propinas….
O Brasil acaba de desperdiçar mais uma oportunidade…. Qual é a oportunidade?
– Uma Câmara de Deputados 73% favorável, um Senado 67% favorável, a maioria dos governadores favoráveis…. e nós jogamos fora pela janela dos fundos.
E Deus põe de novo, e nós jogamos fora de novo, e põe de novo, e a gente joga fora de novo. Só pode ser brasileiro para insistir tanto em nos dar oportunidades.”
Mas nesse dia de finados, Deus, resolveu abrir a mente dos brasileiros. Revoltados, todos perceberam o engodo. Todos perceberam a armadilha. Saíram às ruas sem o comando de ninguém e gritaram por justiça, por liberdade. Pediram aos militares (a quem mais poderiam pedir?) que os ajudassem a remendar a falcatrua. Que a ilusão fosse desfeita.
Tarde demais.
Todos perceberam tarde demais que o sujeito descondenado governará o Brasil e voltará a fazer tudo de novo. O que será que aconteceu para que, repentinamente, o povo compreendesse a loucura de ter votado em um descondenado?
Foi seu discurso afirmando que mudará tudo?
Foi a propaganda covarde com jovens que sequer haviam nascido na época em que foi cometida a maior depravação da história da humanidade com dinheiro público e que alegremente diziam “no tempo de Lula tudo era melhor”?
Foi a cerveja e a picanha prometida à vontade todos os dias a todos?
Ou foi a percepção de que toda essa “gente” que estava atrás de Lula quando ele discursava no dia da vitória, a começar pelo “Capitão Cueca”, foi envolvida em mensalão, petrolão, propina, dinheiro de ministério para partido político, dinheiro da Petrobras para partido político, malas de dinheiro da Caixa Econômica…?
Foi tudo isso que todos perceberam tarde demais e os levaram com uma espécie de “ira santa” às ruas, ordeiramente, a protestar?
Ou foi a trama diabólica dos 3 poderes contra o povo brasileiro: Supremo, Senado, Imprensa, que Deus repentinamente fez o milagre, abriu suas mentes e mostrou toda sujeira?
O fato é que todos estão revoltados.
E se algo de ruim acontecer a nação brasileira, Ministros do Supremo, o Senado da República e a Imprensa serão os culpados.
Foram eles os que tramaram e foram bem sucedidos ao apoiar um apenado para governar a nação.
Foram eles que alienaram e induziram o povo a votar em um larápio que foi julgado, condenado porque existiam fartas provas de corrupção, e depois descondenado.
E os homens de bem jamais aceitarão ser representados por um tipo desses.
Que Deus nos ajude.
Carlos Sampaio
Jornal da Cidade