Anel Viário: O trânsito de Caçapava necessita de soluções profissionais?
Rua José Bonifácio, sempre com grande engarrafamento de veículos
Caçapava encontra-se preste a testar uma grande modificação no trânsito nas vias que ligam ao centro da cidade, os bairros de Vila Menino Jesus, Eldorado, Panorama, Iriguassu 1 e 2 e outros, além de um complexo de várias chácaras e pequenas propriedades, situação prevista por nosso informativo em várias ocasiões, alertando sobre o previsível incremento no tráfego nos citados locais, decorrentes do aumento do número de veículos circulantes e também por conta de novos projetos residenciais (um prédio de apartamentos já pronto e um conjunto residencial em construção), situação que certamente ensejaria o completo caos, com prejuízos irreparáveis àqueles que necessitam transitar por ali diariamente!
Trata-se claro, de uma tentativa de grande porte de melhorias, sinalizadas pelos engarrafamentos diários, mas que foi projetada, com base em avaliação pessoal de alguns dos integrantes do trânsito de Caçapava, sem o gerenciamento de profissionais e ferramentas específicas que possam garantir o melhor dos efeitos.
A necessidade de planejar o trânsito e seus incrementos, não só da citada região como de toda a cidade, surgiu durante o mandato do ex-prefeito Henrique Rinco (2013/2016) que determinou às equipes técnicas sob seu comando, que partissem em busca de soluções otimizadas para os problemas municipais que mais estivessem afetando o bem estar dos munícipes.
Uma delas, era relacionada à evolução do sistema de transporte urbano, aumentando e melhorando a mobilidade e a acessibilidade através de vários fatores, inclusive e principalmente, a criação do Anel Viário Municipal, onde a implantação de uma Via Marginal, na zona de expansão industrial da Rodovia Carvalho Pinto, possibilitaria a interligação da zona de expansão urbana, com as seguintes regiões: Vila Menino Jesus, Paraíso, Santa Luzia, Grama, Piedade, Germana, Caçapava Velha, Nova Caçapava, Jardim Primavera e Jardim São José.
A medida (implantação do Anel Viário Municipal) tinha a intenção de acompanhar a evolução crescente da frota de veículos automotores, gerando congestionamentos crônicos, degradação das condições ambientais e altos índices de acidentes, por conta do aumento contínuo do transporte individual, face às necessidades rotineiras como trabalho, escola, etc.).
Para tanto, a Secretaria de Obras de então, desenvolveu análises criteriosas não só do sistema viário da época, como também do transporte coletivo, originando uma proposta de projeto, altamente rica do ponto de vista de propor soluções otimizadas ao sistema viário, perfeitamente integrada com a instalação de vários futuros loteamentos. Esta proposta encontra-se atualmente nos arquivos da citada Secretaria, só não prosperando, por conta da falta de investimentos durante os quatro anos do ex-prefeito Fernando Diniz e também nestes últimos dois anos da atual prefeita Pétala.
A cidade dá inequívocas mostras da falta de um estudo sério, abrangente, feito por profissionais, que possam eliminar várias outras situações gritantes atualmente existentes, como por exemplo, sinalização de rua em local inapropriado, vagas de estacionamento preferencial indevidas, limites de velocidades indevidos, falta de radares móveis nas vias preferenciais, além, claro, de aprimoramento e delegação para os agentes de trânsito, no sentido de proporcionarem autuações em conformidade com o Código Nacional de Trânsito, e não apenas estacionamento proibido ou motorista falando ao telefone, como ocorre atualmente.
Na foto acima, pode-se observar uma destas gritantes falhas na sinalização de trânsito, com faixas de segurança, saindo da farmácia Drogasil na Rua Dr. Odilon de Souza Miranda, com os pedestres (enfermos, idosos ou cadeirantes em sua maioria), atravessando para área cercado de muretas, as quais inclusive, favorecem a ocorrência de acidentes. O munícipe da foto, tinha acabado de atravessar com muita dificuldade, aquele local sem alternativa realmente segura.