Primeiro um hospital com dinheiro da população, agora uma poluidora termoelétrica. O que virá?
O diretor da empresa Natural Energia, dirigindo-se a alguns membros da sociedade taiada, informou pretender implantar uma planta de geração de energia termoelétrica (parecida com a da foto acima) no município, mediante a instalação de uma unidade dotada de três geradores com potência de 1750 MW, movidas a gás, resfriada ar.
A sociedade, revoltada, tem na memória ainda fresca, a instalação de algumas empresas, sem avaliação criteriosa do ponto de vista ambiental, que após falência e abandono de suas plantas, provocaram e ainda provocam danos ambientais gigantescos, refletidos na saúde pública local, danos estes desprezados sucessivamente pelos governos municipais, dado ao alto custo para reparação dos danos e recuperação das áreas afetadas.
Desta forma, dado ao estado de abandono em que se encontram as instalações, ainda hoje é possível e franqueada a entrada e a permanência de pessoas nos locais, em razão das áreas não estarem devidamente isoladas e fiscalizadas pelo município.
FAÉ, Tonolli e Reprocessa, são empresas altamente poluidoras, visto trabalharem com reprocessamento de chumbo, alumínio e arsênico, instaladas em épocas passadas, quando foram aprovadas tão somente mediante análises do ponto de vista de geração de empregos, sem quaisquer cuidados e observações com relação ao impacto ambiental do material ali produzido e estocado de forma absolutamente irregular e sem nenhuma segurança. Das três empresas citadas, a Reprocessa, ainda nos dias de hoje, mantém a produção em ritmo normal, não obstante localizar-se praticamente ao lado de um dos mais antigos bairros de Caçapava, a Germana, além de fazer divisa com o loteamento residencial.Pois bem, após a comunicação formal do empresário, começam a se formar no município, vários grupos contrários à instalação do empreendimento, que contam com a participação de representantes do meio-ambiente, de defesa do consumidor, da política e até mesmos grupos informais junto às redes sociais, os quais, municiados por relevantes estudos técnicos sobre o assunto, mobilizam-se no sentido de evitar a vinda da empresa e a instalação da famigerada Usina Termoelétrica.
O que torna o assunto ainda mais discutível, no entanto, é a falta de interação da prefeitura de Caçapava junto à sociedade, visto que qualquer empresa, para se instalar na cidade, precisa, em primeiro plano da aprovação municipal. Assim sendo, entendemos que a prefeita Pétala Lacerda, ciente que as pretensões do empresário, movimentam a sociedade no sentido de impedir a instalação da Usina no município, deveria convocar as entidades e grupos envolvidos e apresentar a posição formal e definitiva requerida por todos e finalizar este assunto!
Ou então, aproveitando sua particularmente excepcional condição de liderança absoluta e coordenação da maioria política do legislativo taiada, divulgar de vez sua concordância com a instalação da Usina em Caçapava.