“Meu cobertor é a cachaça e a pedra!”, diz um morador de rua!!!
Mesmo com queixas e reclamações de munícipes, quanto à existência de vários grupos de moradores de rua, que se espalham pela região central da cidade, dormindo sob marquise do comércio e até mesmo ao relento, além de usar áreas públicas como sanitário, a situação persiste, embora a Secretaria de Cidadania informe da realização de rondas diárias (às 07 e 18,30 horas), visando o acolhimento e a segurança dos citados.
Nota-se, inclusive, que vários dos moradores de rua existentes, podem ser considerados fixos de alguns locais, visto que por ali permanecem durante todo o dia para, em seguida, desaparecerem na escuridão da noite, sendo que a maioria se destina ao Albergue Municipal, onde tomam banho, dormem e se alimentam (jantar e café da manhã) para, no dia seguinte, iniciarem a mesma rotina. Os demais, se espalham pela Praça da Bandeira e Mercado Municipal, ficando quatro ou cinco dias ao relento e depois desaparecem, do mesmo modo que surgiram!
Nos últimos dias, um grupo, de aproximadamente 12 moradores de rua, tem feito sua pousada, na Praça Edson Rolim, bem à frente do portão de entrada da Secretaria de Obras e Planejamento da Prefeitura (esquina da Rua Marechal Deodoro com Rua Regente Feijó), onde permanecem ao relento, utilizando bebidas alcoólicas e drogas, além de utilizarem as áreas próximas para satisfazerem suas necessidades fisiológicas. No Mercado Municipal, a situação é idêntica. E até mesmo na Câmara Municipal de Caçapava onde, em uma das portas de acesso ao prédio, sobrevive um morador de rua que, inclusive, dorme sentado na soleira da porta ali existente!
Tudo isto gerando constrangimentos à quem por ali transita!
Não nos parece real, a possibilidade de, diante de tanta estrutura existente no município (a Secretaria de Cidadania, os albergues, e própria ação dos profissionais da citada secretaria, da Guarda Municipal e até mesmo da Polícia Militar), o morador de rua possa estar desafiando todo este complexo legal, dormindo em local inadequado e utilizando áreas públicas com trânsito de pessoas como banheiro, sem o menor constrangimento!
Algo tem que ser feito e a desculpa de que o “assunto é de caráter nacional”, carrega desanimadas cores da falta de políticas sociais mais avançadas e de maior efeito sobre este tipo de cidadão que, além de não oferecer quaisquer contribuições, ainda que minimamente, deixa um inegável rastro de constrangimentos à população, e uma visão crítica de inegáveis prejuízos ao município.
Já passa da hora das autoridades municipais impulsionarem um plano ou programa para reverter este quadro, dificultando a permanência dos citados nas praças e jardins, sob a marquise de lojas, praças, Mercado Municipal e comércio em geral.