CAÇAPAVA e região

Junior Fagundes: enfrentou o Covid-19, e venceu!!!

 
Depoimento de Junior Fagundes sobre as circunstâncias que envolveram sua contaminação e recuperação do vírus do Covid-19
 
“Hoje o filho de um amigo me pediu ajuda para um trabalho de escola, o tema era Você conhece alguém que venceu a Covid-19? Com isso ele precisava de uma foto e um depoimento de quem passou e venceu o COVID-19, fiz o depoimento para ele e resolvi também compartilhar aqui para que todos entendam um pouquinho mais sobre esse vírus.
 
O vírus está mais perto do que podemos imaginar. É engano pensarmos que nunca acontecerá com a gente, principalmente diante de uma pandemia com números mundiais para lá de alarmantes, mesmo com os bons resultados da vacina pelo mundo, ainda precisamos ter atenção com o distanciamento social.
 
Tudo começou no dia 04 de janeiro de 2021. Após a festa de aniversário de 3 anos do filho de um amigo no buffet Happy Play na cidade de Caçapava, onde estávamos todos juntos, teve show de mágica, bebidas e comida boa, um amigo sentado ao meu lado reclamou que há alguns dias não vinha se sentindo bem, e mesmo assim ele foi até a festa e não usava mascara, sabendo do atual cenário de covid-19 e mesmo duvidando que isso aconteceria comigo, me distanciei na mesma hora e fomos embora após o término da festa.
 
Depois de 8 dias do evento, exatamente no dia 12 de janeiro acordei e do nada comecei a tossir. Tossia, tossia. Achei estranho. Diante de tantas notícias eu estava atento. Em casa já estávamos usando álcool gel, mas eu estava levando minha vida normalmente, trabalhando, etc. Dali em diante eu, minha esposa Bruna, e meus filhos Enzo e Alice, passamos a manter uma certa distância entre nós. Nada de abraços e beijos.
 
No mesmo dia procurei um amigo médico e falei dos sintomas que sentia, no mesmo momento ele me receitou o tratamento precoce com Ivermectina, Predsin e Azitromicina além de algumas vitaminas receitadas, fui até a farmácia e comprei os medicamentos e comecei e tomar. À noite não era só a tosse que me incomodava, sentia muita dor no corpo, como se eu tivesse apanhado. Resolvi então medir minha temperatura. Estava 38.8. Tomei paracetamol. A febre cedia, mas a tosse e o mal-estar não. Aí a febre voltava.
 
No oitavo dia levantei com muita falta de ar e decidi ir até um pronto socorro da cidade onde moro, fui sozinho. Já sabia que se fosse internado não poderia ficar com acompanhante e a Bruna precisava estar em casa com nossos filhos. Chegando lá mal conseguia falar com o médico. Além de todos os sintomas eu não perdi o olfato e paladar. Fizeram exames do pulmão e exame de sangue para confirmar a contaminação pelo corona vírus. Meus pulmões estavam 25% comprometidos e fui direto para o ambulatório tomar medicação intravenosa, fiquei ali o dia todo, sai para ir fazer os exames de raio x e tomografia, a ala de covid estava cheia e não tinham leitos disponíveis caso meu caso se agravasse. Fui liberado com várias orientações médicas e dois dias depois saíram os resultados e deu positivo.
 
Fiquei em casa, isolado no quarto e me medicando conforme prescrição médica desde o início. E os dias foram passando. Durante aquela semana mantive contato com meus amigos e familiares pelo celular, trabalhei também nesses dias de casa, atendendo meus clientes e tentando levar tudo normalmente, mesmo em isolamento.
 
Eu estava há 8 dias lá no quarto de casa e já me sentia melhor. Voltei ao hospital conforme orientação da Ala Covid e a médica então diante da minha evolução me mandou para casa com mais alguns remédios por mais sete dias em isolamento total.
 
Aos poucos fui estabilizando e melhorando. Eu e minha família ficamos em isolamento social e também dentro de casa. Sem contato físico, usando álcool gel. Mesmo após a minha recuperação ainda sentia muito a parte respiratória, foram aproximadamente 30 dias para que eu voltasse a respirar normalmente.
 
Minha esposa e meus filhos não apresentaram nenhum sintoma. O que os médicos dizem ser comum nos mais novinhos no caso do Enzo e da Alice. Por enquanto não tem como sabermos se foram ou não contaminados pelo vírus, no meu caso sei que foi tudo muito rápido e sério. Além dos sintomas e das notícias relatadas diariamente nos jornais, a parte mais complicada dessa fase de isolamento é lidar com a parte psicológica, porque os remédios são muito fortes e te derrubam de verdade, e na data do meu isolamento ainda sem a certeza de uma vacina para que isso fosse erradicado, o único pensamento que tinha é que iria ser mais uma vítima das estatísticas de morte do COVID-19.
 
Todos têm que ter consciência de que neste momento não podemos voltar ao ritmo de antes. É preciso mantermos os cuidados de higiene, o uso de máscaras e o isolamento social. Temos que ficar em casa. Sem isso, não conseguiremos vencer este vírus.”
 
Júnior Fagundes é empresário, consultor político e estudante de economia, tem 34 anos e não é do grupo de risco. Sua esposa Bruna, tem 33 anos e também não pertence ao grupo de risco. Enzo tem 8 anos e a Alice tem 3 anos e também não são do grupo de risco.