Notícias de fazer um boi dormir em pé!!!
“Enfermeira foi a primeira a tomar a vacina em…!” A pobreza da manchete nos dá uma noção da queda do padrão de qualidade de veiculação de noticiário na imprensa os quais, invariavelmente, enveredaram pelo mundo do Coronavírus, com notícias velhas, repetitivas e, principalmente, sem cunho jornalístico afinal, qual é a expressividade jornalística transmitida com uma manchete tão inexpressiva?
Preferem, a maioria dos veículos de imprensa, continuar repetindo o lenga-a-lenga que “fulano se contaminou, que sicrana está em crise…” e tal, além, claro, de noticiar o incrível número de mortes, com dúvidas quanto às tipificações das causas-mortis, deixando dúvidas quanto à realidade dos números de morte pelo Coronavirus.
Existem ainda, as reais dificuldades técnicas de transmissão dos números do plano municipal para o estadual, situação que acaba por gerar disparidades dos índices de contaminação, deixando uma marca de que a comunidade científica médica brasileira, ainda não se encontra em condições de enfrentar, com números reais e informações técnicas de qualidade, que possam influenciar positivamente, a população e ajudar a conter o vírus.
Para se ter uma ideia do nível de influência do noticiário em relação à atual pandemia, basta verificar a incrível e inesperada queda no padrão do noticiário, principalmente dos jornais televisivos que, pelo menos em um caso de outrora campeã de audiência, que anteriormente ao início da pandemia transmitia seu noticiário em aproximadamente 1 hora, 1 hora e quinze minutos, invariavelmente, de segundas aos sábados (claro que recheado de intrigas e indevidas acusações em relação ao atual presidente da república Jair Bolsonaro) e agora, transmite, durante, mais de duas horas e meia, noticiário 95% relacionado à Pandemia, o que o levou á perdas de audiência sem precedentes!
Pior ainda é que a pequena imprensa interiorana, em sua maioria esmagadora, acabou copiando como sempre fez, o noticiário dos grandes veículos e acabou se contaminando, reproduzindo noticiário requentado e inócuo, do ponto de vista de informação ao leitor, levando o nível do padrão jornalístico de outrora, ao rodapé dos botequins de oitava categoria, onde ocorrem discussões relacionadas, com efeitos muito mais produtivos!
Claro que a tal pandemia, tem que ter um noticiário à altura, que realmente informe o leitor e lhes transmita orientações seguras e tranquilizadoras em relação ao tratamento, ao uso de EPIs e à gestão, propriamente dita, dos comportamentos sociais preventivos, previstos na atual legislação que regula o assunto.
Mas só isto! Sem “enchimento de linguiça” , como se diz na linguagem do matuto!