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Oceano subterrâneo descoberto na Amazônia: é estimado em mais de 160 trilhões de metros cúbicos!!!

Durante Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no campus da Universidade Federal do Acre (UFAC), foi estimado que a Amazônia tem, na cidade paraense de Alter do Chão, um aquífero, ou mar subterrânea,com cerca de 160 trilhões de metros cúbicos de volume, informação publicada pela imprensa nacional e estrangeira.

O volume é 3,5 vezes maior do que o do Aquífero Guarani, com 1,2 milhão de quilômetros quadrados (km2) de extensão abrangendo de água doce subterrânea os territórios do Uruguai, Argentina, Paraguai e Brasil., representando mais de 80% do total da água da Amazônia. A água dos rios amazônicos, por exemplo, representa somente 8% do sistema hidrológico do bioma. As águas atmosféricas têm esse mesmo percentual de participação.

O conhecimento sobre esse “oceano subterrâneo” ainda é muito escasso. Precisa ser aprimorado tanto para avaliar a possibilidade de uso para abastecimento humano, como para preservá-lo em razão de sua importância.

Os trabalhos e estudos sobre o Aquífero da Amazônia, denominado pelos pesquisadores como Sistema Aquífero Grande Amazônia (Saga), começou a ser formado a partir do período Cretáceo, há cerca de 135 milhões de anos, indicando que está situado em meio ao cenário de uma das mais belas praias fluviais do país, Alter do Chão, no estado do Pará e teria um depósito de água doce subterrânea com volume aproximado de 86,4 trilhões de metros cúbicos.

Uma das limitações para a utilização da água disponível é a precariedade do conhecimento sobre suas características. Falta obter informações sobre a qualidade da água do reservatório para identificar se é apropriada para o consumo.

De acordo com Ingo Daniel Wahnfried, professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), um dos principais obstáculos para estudar o Aquífero Amazônia é a complexidade do sistema, visto que o reservatório é composto por grandes rios, com camadas sedimentares de diferentes profundidades, diferentemente do Aquífero Guarani, acessível apenas por suas bordas, as áreas do Aquífero Amazônia são permanentemente livres.

Segundo o pesquisador, a água subterrânea é amplamente distribuída e disponível na Amazônia. No estado do Amazonas 71%, dos 62 municípios, utilizam água subterrânea (não do aquífero) como a principal fonte de abastecimento público. Já, dos 22 municípios do Estado do Acre, quatro são totalmente abastecidos com água subterrânea.