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Justiça decreta falência da empresa Daruma em Taubaté!!!

Uma das primeiras empresas japonesas de um grupo de quatro outras (Daruma, Nortres, Daido, Tendo e Araya), a Daruma começou a se instalar em Taubaté, no final dos anos 1970, prospectada pelo então criado Grupo de Expansão Industrial de Taubaté – GEIN, idealizado pelo prefeito Guido Miné, para reforçar a industrialização da cidade, abertura de novos empregos e melhoria da receita municipal.

Com o início das atividades deste parque industrial, às margens da Via Dutra, nas proximidades do bairro da Independência em Taubaté, logo se constatou o acerto da medida, visto que as citadas empresas, passaram a contratar milhares de trabalhadores os quais, por sua vez, injetaram uma corrente de ânimo e prosperidade nos negócios comerciais de toda a cidade e região.

Foram anos de prosperidade e bons negócios, oportunidade em que a Daruma, que originalmente produzia contadores de chamadas para aparelhos telefônicos públicos e posteriormente passou a fazer a manutenção de milhares de aparelhos telefônicos públicos do estado e até mesmo de outros estados, teve seu controle acionário negociado por empresários diversos, que modificaram a linha produtiva, apontando para novas e diversificadas atividades, que garantiram algumas décadas de bons negócios.

Infelizmente, dado à falhas no processo de retenção de empresas clientes e detecção de novos clientes, além de perda de contratos de vital importância para sua sobrevivência, a empresa, premida pelas restrições impostas pela pandemia, acabou perdendo de vez a sustentação financeira e econômica, o que impediu, inclusive o cumprimento do plano de recuperação judicial firmado em 2017, o que levou a Justiça decreta-lhe a falência.

 

A medida impacta, não só os funcionários atuais, como os que já foram desligados. Na ação de recuperação judicial há inúmeras ações de ex-funcionários exigindo o pagamento de débitos trabalhistas.

Uma pena. Foi nesta empresa que o editor chefe do taiadaweb começou sua vida profissional, à princípio trabalhando nos escritórios da matriz Tamura Electric Works em São Paulo, nos idos de 1970 e no final de 1971, transferindo-se para Taubaté, quando a fábrica ficou pronta.

Uma época de saudosas lembranças quando a empresa, que então dispunha de um grupo de cerca de 30 empregados, reunidos como se uma família fossem, que iniciaram suas atividades aprendendo as novíssimas técnicas japonesas de apoio e melhoria da produtividade, técnicas estas que se externaram à ação interna da fábrica e passaram a fazer parte das rotinas de trabalho da maioria das empresas da cidade e da região.

Enfim, foram décadas de produtividade e ganhos, para os empregados, para a cidade e para os industriais, que ajudaram a transformar o parque industrial de Taubaté, situação que agora sinaliza o temor dos empregados, pela eventualidade da perda de seus salários e indenizações devidas.

É preciso que as autoridades municipais e estaduais interfiram no processo falimentar, para que sejam garantidas as devidas prioridades para regularização das pendências, no primeiro plano, com o grupo de trabalhadores que, superando o conhecimento das dificuldades da empresa, ali permaneceram, na expectativa da reviravolta que não aconteceu. A estes e a todos os demais empregados demitidos da Daruma, tem que haver a garantia dos respectivos pagamentos, inclusive pelo momento em que seus débitos ocorreram, em plena pandemia que, com certeza provocará grande impacto negativo nas contratações futuras.