GERAL

MEC decide adiar Enem por 30 a 60 dias !!!

Caio Rocha/Framephoto/Estadão Conteúdo

O MEC (Ministério da Educação) e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) anunciaram hoje que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano será adiado por 30 a 60 dias.

A prova, que estava prevista inicialmente para novembro, deve acontecer agora em dezembro ou janeiro de 2021. Em média, 5 milhões de candidatos participam do Enem. Até o momento, segundo o MEC, mais de 4 milhões fizeram a inscrição para o exame deste ano.

“Atento às demandas da sociedade e às manifestações do Poder Legislativo em função do impacto da pandemia do coronavírus no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação (MEC) decidiram pelo adiamento da aplicação dos exames nas versões impressa e digital. As datas serão adiadas de 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais”, diz um comunicado oficial.

A nota diz ainda que o período de inscrições para o exame segue inalterado. O prazo para cadastro termina às 23h59 desta sexta-feira (22).

O texto também informa que o Inep realizará uma consulta aos inscritos no exame, a ser realizada em junho, por meio da Página do Participante. Segundo o MEC, a consulta será feita para que os participantes possam opinar sobre as datas de realização do Enem. O ministério informou que ainda não definiu quais opções de data serão apresentadas aos candidatos.

A decisão anunciada hoje de realizar as provas do Enem em uma nova data acontece em meio à pressão da sociedade civil e do Congresso pelo adiamento do exame.

Ontem, um projeto de lei que prevê o adiamento do Enem e de outros vestibulares devido à pandemia do novo coronavírus foi aprovado pelo Senado, seguindo para votação no plenário da Câmara dos Deputados.

Entidades estudantis, secretários de educação e reitores de instituições de ensino defendem o adiamento do exame sob a justificativa de que nem todos os estudantes têm condições sociais e financeiras de manter os estudos durante a pandemia ou nem sequer têm acesso às ferramentas necessárias para o ensino a distância, como celular e computador com acesso à internet.