Garimpo de ouro no Vale da Ribeira: policia é recebida á bala!!!
Começou a escurecer e os helicópteros foram embora. Perdidos na mata, a única estratégia era ficarem na mata noite adentro, à espera do dia clarear e os helicópteros da PM retomarem as buscas. Às seis da manhã de sábado, nos primeiros raios de sol, o grupo, cansado, faminto e com sede, retomou a caminhada pela mata até chegar às margens do Rio Forquilha. Havia uma forte neblina sobre o parque, o que impossibilitava a aproximação dos helicópteros. Somente no fim da manhã é que os três policiais e o vigilante ferido ouviram novamente o barulho das aeronaves. Foram então para o alto de um morro onde havia uma pequena clareira na mata. Como não havia mais sinal de celular, a saída era contarem com a sorte e serem visto pelas aeronaves. A sorte veio por volta de meio-dia, 24 horas após o flagrante no garimpo. O helicóptero pousou, resgatou os cinco e levou-os para Sete Barras, onde foram atendidos no pronto-socorro da cidade. Somente Lima, ferido na perna, ficou internado até domingo, quando também teve alta médica. Na madrugada, pela mata, policiais do Comando de Operações Especiais (COE), tropa de elite da PM paulista, haviam alcançado o garimpo e resgatado o corpo de Carvalho Júnior. Eles atearam fogo nos equipamentos utilizados para a lavra do ouro.
Quando ainda estavam na mata, o garimpeiro detido disse aos policiais que fora contratado por R$ 2 mil semanais para trabalhar no garimpo. Ele foi indiciado por garimpo ilegal e associação criminosa. A Polícia Civil de Registro investiga tanto o assassinato do vigilante quanto a extração de ouro numa lavra ilegal no meio da reserva. Revista Piauí.