Piloto de avião: profissão de futuro garantido!!!
Nosso amigo taiada, Rodrigo David, um apaixonado pela Aviação, hoje é piloto da Avianca
Em 2010, duas panes aéreas por falta de tripulação revelaram o fantasma da aviação comercial: vai faltar piloto no País. Desde 2008, licenças emitidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para piloto de linha aérea caíram quase pela metade. Mas o transporte aéreo cresceu 27% em um ano. Em jogo, está a segurança do passageiro, já que a urgência de mão de obra força empresas a contratar profissionais com menos experiência, dizem especialistas.
A grande dificuldade do setor, segundo a própria Anac, é o alto custo da formação e a debandada dos pilotos para outros mercados emergentes, como Ásia e Oriente Médio. Só na Emirates, que tem sede em Dubai, mais de cem pilotos são brasileiros.
Com o brasileiro viajando cada vez mais – os aeroportos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) ganharam 20 milhões de passageiros em um ano -, empresas investem em novas rotas e aeronaves, o que demanda mais tripulação. Pelo menos 40 novos aviões foram incorporados às frotas das quatro maiores companhias do Brasil – TAM, Gol, Azul e Webjet.
Pelo Código Brasileiro de Aeronáutica, isso implicaria em no mínimo 200 novos pilotos, cinco para cada aeronave. A Anac emitiu apenas 192 licenças PLA (piloto de linha aérea) de janeiro a julho deste ano.
A necessidade de mão de obra esbarra no processo de formação de um piloto, que não é simples. “Demora, é cara e ele não entra na empresa do dia para a noite, precisa de experiência. Em certo ponto, é até uma atividade elitista”, explica o diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), comandante Ronaldo Jenkins.
“É como uma autoescola, porque ele tem de pagar pelas aulas práticas. E a hora de voo custa hoje, em média, R$ 350”, explica Mário Renó, dono da escola de aviação TAS, em São José dos Campos. “A Força Aérea Brasileira já foi responsável por suprir o mercado, hoje não mais. Depois vieram as escolas das empresas, como Varig e Vasp, que eram ótimas e forneciam gente para todo o mercado. Agora é por conta dos aeroclubes”, explica.
“Por baixo dos panos, sabemos que tem empresa contratando profissionais com experiência bem baixa”, conta Paulo Eduardo Santos, piloto de companhia aérea há 12 anos. “Se por um lado ajuda quem está em formação, por outro prejudica a segurança do passageiro.”
“Antes, ninguém entrava com menos de 4 mil horas de voo. Hoje, você já contrata piloto com mil horas”, diz Jenkins.
Como se tornar um piloto de avião
O Curso, é dividido em duas partes: teórico e Prático
• Curso Teórico de Piloto Privado de Avião/Helicóptero
A carga horária do curso Teórico para Piloto Privado é de aproximadamente 280 horas/aula.
O Curso para Piloto Teórico requer que o aluno tenha no mínimo 75% de frequência e nota mínima de 7.0 em todas as matérias, que são:
– A Aviação Civil;
– Combate ao fogo em aeronave;
– Conhecimentos Técnicos de Aeronaves;
– Medicina de Aviação;
– Meteorologia;
– Navegação;
– Palestra «O piloto privado — avião»;
– Regulamentação da Aviação Civil;
– Regulamentos de Tráfego Aéreo;
– Segurança de vôo;
– Teoria de vôo.
Após a conclusão do Curso de Piloto Privado Teórico, o aluno deverá agendar o exame teórico da ANAC, mediante o pagamento da GRU (Guia de Recolhimento da União), no valor total de R$ 345,00 (aproximadamente). Para o agendamento o aluno deverá preencher, com os seus dados pessoais, um formulário padrão encontrado no site da ANAC.
O método de aprovação da ANAC é similar ao do Curso de Piloto Teórico, ou seja, o candidato deverá ser aprovado em todas as matérias, com no mínimo 70% de acertos. Em caso de aprovação somente de 1 ou 2 matérias, o candidato estará automaticamente reprovado e deverá refazer todas as matérias; caso aprovado em 3 ou 4, poderá prestar segunda época somente das matérias que não foi aprovado. Caso essa situação repita o aluno deverá realizar a prova novamente de todas as matérias.
Após aprovado no exame da ANAC, será exibido no site da ANAC o resultado em aproximadamente 20 dias. Uma vez atualizado, o aluno poderá iniciar ou dar continuidade no seu treinamento para conclusão.